O Partido Novo deve repetir, no ano que vem, o candidato que disputou as eleições presidenciais de 2018 pela legenda. Em convenção nacional da legenda, o nome de João Amoêdo foi referendado por 36 votos em um universo de 40 eleitores, segundo comunicado divulgado pela sigla na noite de terça-feira 1º.
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“Será uma caminhada extremamente desafiadora, mas aceito essa tarefa confiando que trabalharemos como um time, com resiliência, alinhamento, humildade e coerência, dentro dos princípios, valores e propósitos que justificaram a fundação do Novo”, afirmou o pré-candidato.
A legenda defendeu uma alternativa à provável polarização entre o presidente Jair Bolsonaro e o PT. Segundo o Novo, a candidatura de Amoêdo estará “disposta a se contrapor aos movimentos populistas que comandaram o país nas últimas décadas”.
“Precisamos de lideranças que fortaleçam as instituições do Estado de Direito, sejam implacáveis no combate à corrupção e representem, de fato, o interesse do brasileiro com uma postura coerente e equilibrada”, diz a nota do partido.
Em recente entrevista à rádio O POVO CBN, Amoêdo disse não acreditar na possibilidade de formação de uma frente ampla com o ex-governador Ciro Gomes (PDT). Ele avaliou que uma aliança com o pedetista com o objetivo de criar uma terceira via contra a polarização entre o ex-presidente Lula e Jair Bolsonaro em 2022 não seria bem sucedida, inicialmente.
"Eu, no primeiro momento, não vejo o Ciro Gomes nesse lado, porque acredito que o polo para disputar com o Lula será de centro-direita, e ele sempre se coloca como centro-esquerda. Então existe um polo tentando buscar o lugar do Bolsonaro no segundo turno e eu veria o Ciro muito mais buscando o lugar do Lula no segundo turno como polo de centro esquerda representando as ideias mais progressistas", avaliou Amoêdo.
Ele afirmou ainda que o ex-presidente Lula (PT) possui maior capacidade de chegar a um eventual segundo turno das eleições de 2022 do que o presidente Jair Bolsonaro, que deve buscar sua reeleição. Segundo o empresário, a gestão do governo federal deve se "deteriorar um pouco mais" até o ano que vem, o que fez com que "qualquer candidato" se sobressaia diante o chefe do Executivo nacional.