Especificamente sobre a terceira fase da operação, após análise e cruzamento dos dados fornecidos pela Caixa, foram identificados imóveis, possivelmente vinculados aos titulares das fraudes. Esses endereços foram objeto de nove mandados de busca e apreensão nos municípios mineiros de Belo Horizonte, Nova Lima, Santa Luzia, Governador Valadares e Montes Claros.
Segundo a PF, para identificar a atuação de organizações criminosas e conjuntos de fraudes com denominadores comuns foram utilizadas ferramentas de inteligência estabelecidas pela Polícia Federal para rastrear pagamentos indevidos e processados.
“O objetivo é desestruturar ações que causam graves malefícios ao programa assistencial e, por consequência, atingem toda a parcela da população que necessita dos valores”, ressaltou a PF em nota.
A primeira e a segunda fases da Operação Subitis Auxiulium terminaram com 48 pessoas indiciadas em vários crimes, dentre eles furto qualificado, associação criminosa e lavagem de dinheiro, de acordo com cada caso investigado.
Também foram bloqueadas dezenas de contas bancárias e cumpridos, em 2021, 80 mandados de busca e apreensão em imóveis ligados aos investigados, além de 17 bloqueios de contas e 13 medidas cautelares diversas da prisão vinculados ao citado inquérito.
Já no estado de São Paulo foi deflagrada a Operação Vida Fácil VI, também da PF e com o mesmo objetivo. Um mandado de busca e apreensão foi cumprido em Araçatuba contra o principal investigado, que havia realizado várias transferências financeiras para sua conta corrente, da conta de sete vítimas diferentes.
As investigações que culminaram na operação começaram em outubro de 2021, após pesquisas na Base Nacional de Fraudes ao Auxílio Emergencial (BNFAE).
“As investigações indicam que as fraudes praticadas possam ter uma amplitude bem maior do que o apurado até o momento, uma vez que o investigado se intitula nas redes sociais como detentor de larga ‘experiência na área tecnológica’, postando fotos reveladoras de uma personalidade voltada à transgressão, ao desregramento, à busca de riqueza rápida e a uma ‘vida fácil’”, disse a PF.
Com a análise dos materiais apreendidos, o envolvido poderá ser responsabilizado pelo crime de furto qualificado, com pena de reclusão de dois a oito anos, além de multa.
*Colaborou a repórter Flávia Albuquerque, de São Paulo