A segunda edição da pesquisa de maturidade BIM (Building Information Modeling), publicada em setembro de 2022, mostra que 70% dos profissionais da construção civil avaliam positivamente a inovação tecnológica no setor. Contudo, 48% dos entrevistados afirmam que faltam profissionais capacitados.
A pesquisa foi realizada pelo Sienge, maior ecossistema tecnológico da indústria da construção no Brasil, junto com a Grant Thornton, uma das maiores empresas globais de auditoria, consultoria e tributos e com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).
Transformação digital em foco
Apesar da maior parte dos profissionais da construção civil visualizarem futura atuação em processos BIM, o cenário ainda é de pouca adoção da metodologia. A pesquisa constatou que 59% dos players estão classificados nos níveis 0 e 1 de adoção do BIM.
Nesses níveis de implementação do BIM, os arquivos são produzidos com desenhos 2D e 3D. O compartilhamento de informações é feito somente dentro das próprias companhias.
Para Guilherme Quandt, diretor de Marketing e Estratégia do Sienge, o conceito de ecossistema é o caminho para levar a indústria da construção a outro patamar. “O BIM garante assertividade e previsibilidade, características essenciais para o desenvolvimento do setor. A partir do momento em que ele está conectado a um ecossistema tecnológico, é possível ter projeções claras e seguras sobre cada projeto, que se integram com diversos outros softwares especializados nas várias jornadas na construção. Isso pode gerar um crescimento exponencial sem precedentes no cenário brasileiro”, explica.
Importância do BIM
O BIM foi desenvolvido para levar métricas e novas tecnologias à construção civil e está difundido em todas as disciplinas de projetos, como arquitetura, engenharia de estruturas, elétrica, hidrosanitária etc.
Cerca de 21% das empresas consideram estar no nível 2 de maturidade BIM. Nessas empresas, há maior interação entre equipes internas e externas e documentos individuais são compartilhados e combinados. Já os projetos, realizados em 3D, continuam sendo feitos individualmente por cada membro da equipe.
Somente 2,5% das empresas se considera estar no nível 3 de maturidade BIM, o mais alto da classificação. Neste nível, a colaboração entre equipes ocorre em tempo real, possibilitando que todos os envolvidos trabalhem em um único modelo de projeto, compartilhado via plataforma.
Para Guilherme Quandt, a indústria da construção do Brasil ainda atua de forma muito analógica, o que dificulta o impulsionamento do setor. “Mais importante do que reconhecer a necessidade de usar softwares é entender a integração entre eles. É essa conexão que potencializa uma atuação assertiva e apoia empresas e profissionais para que saiam do nível inicial de maturidade para patamares mais elevados”, argumenta.
Utilização do BIM já é lei
O Governo Federal estabeleceu, por meio do Decreto nº 10.306/2020, a utilização do BIM na execução direta ou indireta de obras e serviços de engenharia realizados por órgãos e entidades da administração pública federal. O objetivo é incentivar o desenvolvimento da construção civil e, também, garantir que as licitações sejam mais transparentes.
Sobre o Sienge
O Sienge é o maior ecossistema tecnológico da indústria da construção. É desenvolvido pela Softplan, está no mercado em contínua evolução há 32 anos e atende mais de 5 mil clientes. O Sienge facilita o cotidiano de construtoras e incorporadoras por meio de uma plataforma altamente tecnológica e especializada na cadeia da construção, que soluciona e otimiza as diversas rotinas das empresas do setor através da transformação digital.
Sobre a Grant Thornton
A Grant Thornton é uma das maiores empresas globais de auditoria, consultoria e tributos. Está presente em mais de 140 países e conta com mais de 62.000 colaboradores. No Brasil, está posicionada nos 13 principais centros de negócios do país, contando com mais de 1.400 pessoas, atendendo empresas nas mais variadas etapas de crescimento, desde startups a companhias abertas. Com uma forma de trabalho customizada, auxilia empresas dinâmicas a atingirem seus potenciais de crescimento de forma sustentável, gerando a melhor proposta de valor para o negócio por meio de recomendações significativas, voltadas para o futuro.
Sobre ABDI
A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) formula e executa ações que contribuem para o desenvolvimento do setor produtivo nacional. Sua missão é estimular a transformação digital dos negócios, com vistas para o aumento da produtividade, competitividade e lucratividade. A ABDI também incentiva testes com novos modelos de negócios e uso de tecnologias em cidades inteligentes. A Agência é indutora da cultura de digitalização na economia nacional, gera inteligência competitiva e é responsável pela articulação entre agentes públicos e privados, sempre com o foco no desenvolvimento econômico e social do país.