Com a tecnologia fazendo cada vez mais parte do cotidiano de cidadãos comuns, o mercado de desenvolvimento de novas soluções para este setor cresce anualmente no mundo inteiro – e no Brasil não é diferente.
De acordo com a Pesquisa do Mercado Brasileiro de TI, realizada pela Advance Consulting, a estimativa é que o nosso país tenha um crescimento de 23,4% em 2022, na comparação com 2021.
Puxados por áreas como automação e computação em nuvem, o crescimento tem um pouco de reflexo da pandemia. A crise sanitária trouxe novos desafios para os departamentos de TI, que precisaram em pouco tempo adotar ações para permitir que os funcionários continuassem trabalhando de casa.
O levantamento considera também, porém, os efeitos negativos da recessão econômica que foi causada tanto pela covid-19 quanto pela Guerra na Ucrânia. Sem esses fatores, o crescimento do ramo da tecnologia da informação poderia ser ainda maior.
“Não conseguimos mais pensar em um futuro sem tecnologia. E se lembrarmos que essa área é vital para qualquer tipo de negócio atualmente, também precisamos lembrar o quão importante são os investimentos em inovações que facilitam o cotidiano das pessoas”, argumenta Jennifer Chen, especialista em conexões entre grandes empresas e investidores e CEO da JC Capital, companhia que atua no mercado nacional e internacional através da captação de recursos.
Atração de investidores
Detalhando o pensamento anterior, Chen explica que a tecnologia se popularizou a ponto de não ser mais exclusividade de poucos setores. Há algumas décadas, a tecnologia estava reclusa na computação, por exemplo, onde hardwares e softwares eram desenvolvidos para uso exclusivo do exército ou grandes corporações.
Com a chamada Terceira Revolução Industrial – também conhecida por termos como Revolução Tecnológica –, soluções como robótica, eletrônica e telecomunicações foram se popularizando a ponto de gerar produtos utilizados de maneira massificada pelos consumidores.
Neste sentido, ela salienta que o setor da tecnologia é um dos que mais recebem investimentos e que as startups brasileiras precisam se preparar para apresentar seus produtos e serviços. Apesar da alta circulação de capital, a disputa é igualmente grande e os empreendedores precisam se destacar para conseguir o capital.
A especialista em conexões entre grandes empresas e investidores cita a participação em eventos como uma forma de se fazer networks, aprender com debates e conversar com empreendedores que estão em fases parecidas ou até fases superiores de amadurecimento do negócio.
Ela exemplifica a Gitex como uma dessas oportunidades. Considerada a principal feira de robôs e tecnologia do futuro do mundo, na edição de 2022 (realizada em outubro na cidade de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos) o evento contou com a participação de mais de 170 mil participantes, 5 mil empresas expositoras de 90 países, 800 startups e uma circulação de US$ 698 milhões (cerca de R$ 3,6 bilhões na cotação atual).
“Eventos como este oferecem uma grande oportunidade para encontrar inspiração para melhorar os próprios negócios. Eu tive o prazer de participar da edição deste ano e assisti a grandes palestras que trouxeram um olhar diverso sobre o setor da tecnologia e as inovações que estão sendo aplicadas em vários lugares do mundo”.
Com a participação de executivos de empresas como Huawei, Kaspersky, Meta, Mastercard, Cisco, Amazon e IBM, a Gitex contou com novidades como o Cadillac Innerspace. Ele é um carro elétrico autônomo que tem um monitor multimídia para que os passageiros assistam filmes, séries ou outros programas enquanto o veículo se desloca automaticamente ao destino.
Dentre as iniciativas inovadoras exibidas aos visitantes estavam ainda: o Xpen X2 (carro voador, que fez a primeira exibição de voo); HoloLens 2 (óculos de realidade virtual da Microsoft); HYPERVSN (tecnologia que cria imagens de projeção holográfica com alta qualidade) e o Ameca (robô humanoide da Engineered Arts que tem expressões faciais realistas).
A próxima edição da Gitex será realizada em outubro de 2023 e a expectativa é que haja a participação de mais de 5 mil expositores, mais de 1 mil startups e 170 mil pessoas de 176 países. No próximo ano, Jennifer Chen organizará um grupo que será levado à Gitex em Dubai para visitar a feira e ter conversas com potenciais investidores.
Jennifer Chen cita outras dicas para que empreendedores que trabalham com algum tipo de solução tecnológica, independente do setor, consigam investimentos:
Perspectivas para 2023
A Gitex e outras feiras dão o tom de que a expectativa para 2023 é positiva para as empresas de tecnologia. A estimativa é que a América Latina registre um crescimento de 12% nos investimentos no setor, segundo o levantamento IDC FutureScape Worldwide IT Industry 2023 Predictions, realizado pela IDC, multinacional de consultoria e inteligência de mercado.
A pesquisa da empresa revela que a perspectiva de crescimento para o setor de tecnologia é maior do que o próprio crescimento do PIB da região. Para 2023, a América Latina deverá crescer somente 2,1%, já que os países devem ainda colher os frutos da crise econômica.
“Os movimentos do mercado de tecnologia estão disseminados e os investidores estão olhando com bastante atenção as inovações em ferramentas de automação, computação em nuvem, metaverso, inteligência artificial, infraestrutura como serviço, processamento de dados e outras. Essas e outras aplicações estão resolvendo problemas práticos e por isso estão sendo acompanhadas tão de perto”, diz Chen.
A especialista aponta que esse ano pode gerar um destaque ainda maior para empreendimentos e startups de setores como sustentabilidade/ESG, agronegócio, educação, financeiro e saúde.
“O mercado de startups é pujante no Brasil e eu sempre me surpreendo com a quantidade de soluções tecnológicas que os brasileiros conseguem oferecer nas mais diversas áreas. Contudo, é preciso pensar na inovação não somente em forma de um produto ou serviço. A inovação é um conceito complexo que também precisa fazer parte da forma de pensar. Ou seja, os empreendedores precisam inovar nos processos internos, na mentalidade, na cultura empresarial e na própria forma de enxergar o mercado”, finaliza Chen.
Sobre Jennifer Chen
Jennifer Chen é CEO e fundadora da JC Capital, companhia que atua no mercado nacional e internacional através da captação de recursos no exterior.
Sócia da Wanaka Capital, empresa de soluções financeiras sob medida, credenciada ao Safra.
Considerada uma das maiores referências do mercado de conexões entre grandes empresas e investidores. É uma das poucas mulheres atuantes no setor de intermediação de negócios.
É formada em Business Administration na Lynn University, na Flórida (USA).
Sobre a JC Capital
A JC Capital é uma companhia que atua no mercado nacional e internacional através da captação de recursos no exterior para setores como agronegócio, hotelaria, infraestrutura, indústria, tecnologia, construção.
A empresa representa Fundos de Investimentos Privados e Bancos Internacionais no Brasil, o que permite a captação de recursos no exterior a custos muito favoráveis, com condições vantajosas para o desenvolvimento de projetos.
A JC Capital oferece uma equipe de estruturação de negócios que seleciona o fundo mais adequado ao perfil dos clientes, possibilitando operações com taxas de juros anuais, prazos de pagamentos e carências favoráveis, tudo de forma transparente, ética, segura e sustentável.