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02/04/2023 às 17h59min - Atualizada em 03/04/2023 às 00h02min

Autismo: preconceito está ligado à falta de informações

Neurologista pediátrica e neurogeneticista brasileira Isabella Peixoto Barcelos, médica do Hospital Pediátrico da Filadélfia, afirma que terapia muda a vida de crianças autistas, levando-as a conviver em sociedade.

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https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2023-04/autismo-preconceito-esta-ligado-falta-de-informacoes




A neurologista pediátrica e neurogeneticista brasileira Isabella Peixoto Barcelos, médica do Hospital Pediátrico da Filadélfia, mais antiga instituição de pediatria dos Estados Unidos, afirma que o preconceito sobre transtornos do espectro autista (TEA) está associado à falta de informações. Neste domingo (2), é lembrado o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo.



“Muito do preconceito que se tem hoje vem da falta de conhecimento que ainda existe sobre autismo. As pessoas acham que a criança ou o adulto que tem diagnóstico de transtorno de espectro autista tem limitações que, na verdade, eles não têm. E ignoram que eles têm muitas qualidades que não fazem ideia”, afirmou, em entrevista à Agência Brasil.



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Isabela destacou que, às vezes, é possível ter um estudante considerado gravíssimo que, muitas vezes, demonstra ser mais inteligente que os demais da sala de aula.



“Não existem todas essas limitações que se pensa a princípio, que a pessoa é incapacitada, não pode ter uma vida emocional, não pode trabalhar. Pelo contrário. O objetivo é tornar essa pessoa o mais funcional possível, que ela se desenvolva o máximo, dentro da potencialidade que ela carrega”, disse.



Segundo a médica, esse desenvolvimento é possível com terapias adequadas. No entanto, adverte que, para chegar a esse nível de formação, terapeutas brasileiros precisam ter uma formação que inclua graduação, mestrado em terapia comportamental com, pelo menos, 1,5 mil horas práticas.



“A terapia certa muda a vida dessas crianças, levando-as a conviver em sociedade”, ponderou. Isabella Peixoto pretende criar um serviço estruturado de autismo, quando retornar ao país.



Comunicação aumentativa e alternativa




Rio de Janeiro (RJ) - Alice Casimiro (A Menina Neurodiversa) posa para foto fantasiada de médica com um brinque.<br /> Foto: Alice Casimiro/Instagram/Divulgaçāo

Rio de Janeiro (RJ) - Alice Casimiro (A Menina Neurodiversa) posa para foto fantasiada de médica com um brinque.
Foto: Alice Casimiro/Instagram/Divulgaçāo






Alice Casimiro/Instagram/Divulgaçāo



Alice Casimiro tem 24 anos e mora no Rio de Janeiro. É autista nível 2 de suporte (moderado), TDAH e usuária de comunicação aumentativa. Criadora da página Alice Neurodiversa, é ativista pela neurodiversidade e ‘copywriter’ (especialista em redação publicitária).



Ela diz que escrever na sua página permitiu que obtivesse alguma independência financeira. A jovem faz ainda revisões de textos e, “uma vez ou outra”, procura emprego formal. Embora seja uma pessoa mais calada, Alice Casimiro afirma ter opiniões próprias, desejos e vontades. E usa comunicação aumentativa para complementar o que consegue expressar falando.



De acordo com as especialistas Maria Lúcia Sartoretto e Rita Bersh, autoras do site Assistiva, a comunicação aumentativa e alternativa valoriza a expressão do sujeito, a partir de outros canais de comunicação diferentes da fala, como gestos, sons, expressões faciais e corporais. Eles podem ser utilizados e identificados socialmente para manifestar desejos, necessidades, opiniões, posicionamentos, tais como: sim, não, olá, tchau, banheiro, estou bem, sinto dor, quero (determinada coisa que se aponta), estou com fome e outros conteúdos de comunicação necessários no cotidiano. 



Cultura



O Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro (CCBB RJ), através do seu programa CCBB Educativo, promove aos domingos visitas acessíveis, mediante agendamento, para grupos de pessoas autistas e seus acompanhantes. 



Os encontros ocorrem em horário exclusivo, uma hora antes da abertura da exposição ao público em geral, e reúnem, no máximo, dez pessoas. As visitas são realizadas a partir das 8h. O agendamento pode ser feito pelo telefone (21) 3808-2070 ou pelo ‘e-mail’ agendamento.rj@programaccbbeducativo.com.br.




Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2023-04/autismo-preconceito-esta-ligado-falta-de-informacoes
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