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11/05/2023 às 17h16min - Atualizada em 12/05/2023 às 00h01min

Malware que rouba credenciais tem nova campanha global de ataque e é a principal ameaça no Brasil

No Índice Global de Ameaças, a Check Point Research relata a descoberta de uma campanha substancial de malspam para o Qbot; enquanto isso, o malware da Internet das Coisas (IoT), o Mirai, voltou à lista pela primeira vez em um ano

SALA DA NOTÍCIA Check Point Software
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Imagem Ilustrativa - Divulgação Check Point Software


A Check Point Research (CPR), divisão de Inteligência em Ameaças da Check Point Software, publicou o Índice Global de Ameaças referente ao mês de abril de 2023. No mês passado, os pesquisadores descobriram uma campanha substancial de malspam Qbot distribuída por meio de arquivos PDF maliciosos anexados a e-mails e em vários idiomas. Enquanto isso, o malware da Internet das Coisas (IoT), o Mirai, entrou no índice mensal pela primeira vez em um ano, depois de explorar uma nova vulnerabilidade nos roteadores TP-Link.

No ranking do Brasil, o Mirai aparece em oitavo lugar com 3,87% de impacto (o impacto global é de 2,45%). Este malware rastreia dispositivos IoT vulneráveis, como câmeras da web, modems e roteadores, e os transforma em bots. A botnet é usada pelos operadores do Mirai para realizar ataques massivos de negação de serviço distribuído (DDoS). O botnet Mirai surgiu pela primeira vez em setembro de 2016 e rapidamente se destacou devido a alguns ataques em larga escala, incluindo um ataque DDoS massivo usado para deixar todo o país da Libéria offline; foi responsável por um outro ataque DDoS contra a empresa de infraestrutura de Internet Dyn, que fornece uma parcela significativa da infraestrutura de Internet dos Estados Unidos.

Com relação ao malware Qbot, um cavalo de Troia sofisticado que rouba credenciais bancárias e digitação de teclado, os brasileiros não podem baixar a guarda. O Qbot aparece na liderança da lista nacional há cinco meses consecutivos e mantém o alto impacto nas organizações no Brasil com índices de 19,10% em abril, de 21,63% em março, de 19,84% em fevereiro,  de 16,44% em janeiro e de 16,58% em dezembro de 2022. São todos índices superiores aos do ranking mundial, os quais se mantêm praticamente o dobro em relação aos respectivos globais.

A campanha do Qbot, vista em abril, envolveu um novo método de entrega no qual os alvos recebem um e-mail com um anexo que contém arquivos PDF protegidos. Após o download, o malware Qbot é instalado no dispositivo. Os pesquisadores da CPR encontraram instâncias do malspam sendo enviadas em idiomas diferentes, o que significa que as organizações podem ser segmentadas em todo o mundo.

Quanto ao retorno do Mirai, em abril, um dos malwares de IoT mais populares, os pesquisadores descobriram que ele estava explorando uma nova vulnerabilidade de dia zero CVE-2023-1380 para atacar roteadores TP-Link e adicioná-los à sua botnet, que foi usada para facilitar alguns dos ataques DDoS distribuídos mais difíceis já registrados. Essa última campanha segue um extenso relatório publicado pela Check Point Research (CPR) sobre a prevalência de ataques IOT.

Também houve mudança nos setores mais impactados, com a saúde ultrapassando o governo como o segundo setor mais explorado em abril no mundo – no Brasil ficou em quarto lugar na lista. Ataques a instituições de saúde foram bem documentados e alguns países continuam enfrentando ataques constantes. Por exemplo, o grupo cibercriminoso Medusa lançou recentemente ataques contra instalações de câncer na Austrália. Este setor continua sendo um alvo lucrativo para os hackers, pois lhes dá acesso potencial a dados confidenciais de pacientes e informações de pagamento. Isso pode ter implicações para as empresas farmacêuticas, pois pode levar a vazamentos sobre ensaios clínicos ou novos medicamentos e dispositivos médicos.

“Os cibercriminosos estão constantemente trabalhando em novos métodos para contornar as restrições e essas campanhas são mais uma prova de como o malware se adapta para sobreviver. Com o Qbot na ofensiva novamente, ele atua como outro lembrete da importância de ter segurança cibernética abrangente e devida diligência quando se trata de confiar nas origens e na intenção de um e-mail”, afirma Maya Horowitz, vice-presidente de Pesquisa da Check Point Software Technologies.

A equipe da CPR também revelou que a “Web Servers Malicious URL Directory Traversal” foi a vulnerabilidade global mais explorada em abril, impactando 48% das organizações em todo o mundo, seguida pela “Apache Log4j Remote Code Execution”, com um impacto de 44%; enquanto a “HTTP Headers Remote Code Execution” foi a terceira vulnerabilidade mais usada, com um impacto global de 43%.

Os principais malwares de abril no Brasil

Em abril, o ranking de ameaças do Brasil teve como principal malware o Qbot, pelo quinto mês consecutivo na liderança, com impacto de 19,10%, um índice que foi mais que o dobro do impacto global (7,48%). O Emotet apareceu em segundo lugar com impacto de 8,39%, enquanto o Remcos permaneceu em terceiro lugar com impacto de 5,87%.

A lista global completa das dez principais famílias de malware em abril de 2023 pode ser encontrada no blog da Check Point Software.

O Índice de impacto de ameaças globais da Check Point Software e seu mapa ThreatCloud são alimentados pela inteligência ThreatCloud da Check Point, a maior rede colaborativa que fornece inteligência de ameaças em tempo real derivada de centenas de milhões de sensores em todo o mundo, em redes, endpoints e dispositivos móveis. A inteligência é enriquecida com mecanismos baseados em IA e dados de pesquisa exclusivos da divisão Check Point Research (CPR).

 
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