É a primeira vez que uma plataforma fora de uso da companhia passará pelo processo de “reciclagem verde”. A estatal não informou o valor do lance vencedor, mas enfatizou que o processo - que foi destinado exclusivamente ao mercado nacional – vai permitir a geração de emprego e negócios.
O processo de venda impôs às empresas interessadas critérios técnicos para a garantir respeito às práticas ASG (Ambiental, Social e Governança) da indústria mundial durante a reciclagem e a destinação final dos resíduos metálicos, com foco na geração de valor, sustentabilidade, segurança e respeito às pessoas e ao meio ambiente.
A estatal explicou que após a quitação do lance vencedor, a Gerdau apresentará um plano de reciclagem que será acompanhado pela Petrobras, a fim de garantir o cumprimento das práticas ASG.
Responsável pelo Estaleiro Rio Grande, na cidade de Rio Grande (RS), a Ecovix tem licença de operação para a atividade de desmontagem de plataformas.
Para a Petrobras, inaugurar no Brasil a prática de “reciclagem verde” de plataformas é uma forma de alinhamento com as práticas mais avançadas da indústria global de petróleo. “Garantir a forma apropriada de destinação final de materiais oriundos do descomissionamento também revela nossa preocupação com a sustentabilidade do negócio”, disse o diretor de Logística, Comercialização e Mercados, Claudio Schlosser.
A empresa planeja reciclar 26 unidades de exploração nos próximos cinco anos, se tornando referência global nessa atividade.
Primeira plataforma da Petrobras a ser submetida à “reciclagem verde”, a plataforma P-32 é uma das dez unidades que produziam nos campos de Marlim e Voador, na Bacia de Campos, e estão sendo substituídas pelas novas plataformas Anna Nery e Anita Garibaldi, que compõe o projeto de revitalização dos campos de exploração. As duas têm capacidade de produzir, em conjunto, até 150 mil barris por dia.