A decisão da polícia ocorreu nessa sexta-feira (11), um dia após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmar, em cerimônia do Rio de Janeiro, que “um cidadão que atira num menino já caído é irresponsável e não estava preparado do ponto de vista psicológico para ser policial”.
A Polícia Militar, no primeiro momento, disse que houve confronto e o rapaz acabou morto. Moradores disseram que a pistola encontrada perto do corpo de Thiago foi “plantada” pelos militares para simular uma possível troca de tiros. Thiago, segundo os moradores, era uma criança pacífica, que queria se tornar jogador profissional de futebol, estudava e frequentava a igreja evangélica da comunidade junto com a família.
Em nota, a Secretaria de Estado da Polícia Militar informou ainda que “as armas usadas pelos militares foram apreendidas para a perícia e as imagens das câmeras de segurança são analisadas pela Polícia Civil, que investiga o caso”.
A corporação explicou que instaurou um procedimento de apuração, por meio de sua Corregedoria-Geral, para averiguar todas as circunstâncias do caso. Esse procedimento ocorre sem prejuízo às investigações da Polícia Civil. “Além do procedimento instaurado pela corporação, a PM colabora integralmente com todos os trâmites investigativos da Polícia Civil”.