O filme escolhido concorria com cinco que foram pré-selecionados pela Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais entre 28 longas brasileiros. Também estavam competindo pela indicação os filmes Estranho Caminho, de Guto Parente; Noites Alienígenas, de Sergio Carvalho; Nosso Sonho - A Historia De Claudinho E Buchecha, de Eduardo Albergaria; Pedágio, de Carolina Markowicz; e Urubus, de Claudio Borrelli.
Retratos Fantasmas traz o centro da cidade do Recife como personagem principal, revisitado através dos grandes cinemas que serviram como espaços de convívio durante o século 20.
Ter sido escolhido como o representante brasileiro ao Oscar não significa que o filme terá garantida uma indicação ao prêmio. Cada país indica um filme como seu representante para a disputa. O Oscar analisa as indicações e faz uma pré-seleção, que será anunciada no dia 21 de dezembro. O anúncio oficial dos filmes que, de fato, vão concorrer ao principal prêmio do cinema mundial será feito no dia 23 de janeiro de 2024. Já a cerimônia que premia os melhores filmes do ano está marcada para 10 de março de 2024.
Esta é a segunda vez que o diretor Kleber Mendonça Filho tem um filme escolhido para representar o Brasil no Oscar. Em 2013, a Academia Brasileira de Cinema indicou O Som ao Redor para a disputa, mas o filme acabou ficando fora da lista divulgada pelo Oscar. Ele também é conhecido por filmes como Bacurau e Aquarius.
O último filme brasileiro a ganhar uma indicação ao Oscar de melhor filme estrangeiro foi Central do Brasil, de Walter Salles. No entanto, o último filme brasileiro a ser indicado ao Oscar, mas na categoria de melhor documentário em longa metragem, foi Democracia em Vertigem, de Petra Costa, que concorreu em 2020.
O primeiro filme brasileiro a concorrer na categoria de melhor filme estrangeiro foi O Pagador de Promessas, de Anselmo Duarte, que já havia conquistado a Palma de Ouro do Festival de Cannes. Isso foi em 1963. Antes disso, Orfeu negro, dirigido pelo francês Marcel Camus e baseado na peça Orfeu da Conceição, do poeta brasileiro Vinícius de Moraes, concorreu e venceu a categoria de melhor filme estrangeiro em 1960. No entanto, a aclamada co-produção franco-ítalo-brasileira premiou apenas a França, representante oficial do longa, apesar de quase todos os atores e as locações serem brasileiros.
Depois vieram O Quatrilho, de Fábio Barreto (1996), O Que É Isso, Companheiro?, de Bruno Barreto (1998), e Central do Brasil, de Walter Salles (1999). Nenhum deles foi premiado.
O Brasil também obteve diversas indicações ao Oscar por outras categorias como animação, canção, atriz, direção, fotografia e roteiro adaptado, entre outros. Mas o mais famoso prêmio do cinema mundial nunca escolheu o Brasil como vencedor.