Em entrevista à Agência Brasil nesta quarta-feira (13), Ynaiê Dawson informou que Amanda Abi Khalil morou no Rio de Janeiro durante algum tempo, daí sua relação com o Aterro do Flamengo. Amanda reside atualmente em Beirute, onde dirige uma plataforma sobre arte socialmente engajada, envolvendo projetos artísticos de arte pública e ocupação urbana.
O evento objetiva resgatar o legado do projeto inicial da arquiteta de conectar a arte, a natureza e a educação no local. “O projeto todo foi construído em cima desses pilares”, destacou Ynaiê. Com base nisso, os organizadores do evento fizeram um recorte de trabalhos de artistas que têm ligação com o espaço do Aterro e a história da cidade e realizaram uma chamada aberta para que aqueles interessados mandassem suas propostas.
O Ar Livre Arte Livre oferecerá aos visitantes instalações artísticas e participativas dos artistas Claudia Casarino, Guga Ferraz, Maria Nepomuceno, traplev e Zé Tepedino, além de oficinas de arte para crianças e adultos e apresentações musicais e artísticas. Segundo Ynaiê Dawson, a ideia é democratizar a arte e construir uma ponte com o planejamento original de que o Aterro fosse um lugar de encontro e convívio do público, além de trazer para esse espaço de lazer uma atividade de cunho cultural.
A programação já pode ser consultada neste endereço.
Ainda com o objetivo de resgatar a história do Parque do Flamengo, Ar Livre Arte Livre inspira-se também nos Domingos da Criação, projeto de arte experimental realizado pelo crítico e curador de arte Frederico Morais, em 1971, nos jardins do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, situado no Aterro do Flamengo.
O projeto é uma iniciativa da Temporary Art Platform com apoio do Goethe-Institut, em parceria com o Consulado da França no Rio de Janeiro, no âmbito da cooperação cultural franco-alemã na cidade, o Juntes na Cultura.