A força tarefa foi desencadeada pela morte de três médicos que estavam em quiosque na orla da praia da Barra da Tijuca, na semana passada, quando foram baleados por traficantes de drogas. Um quarto médico que estava com os colegas também foi atingido, mas conseguiu sobreviver. Há indícios de que um dos médicos que fazia parte do grupo foi confundido com um miliciano, a poucos metros do quiosque e era frequentador do local. Segundo a polícia, o miliciano tinha problemas com traficantes de drogas, que lutam com a milícia pelo controle do transporte alternativo na região de Jacarepaguá e do domínio de regiões como Rio das Pedras e Muzema para exploração de serviços como a venda de botijões de gás, água mineral e sinal de TV a cabo.
O governador Cláudio Castro diz que o foco é desarticular as milícias. “O trabalho das nossas forças de segurança está focado em desarticular essas máfias e é incansável. Somente hoje, foram detidas 12 pessoas que estavam cometendo diversos atos criminosos na capital e Baixada Fluminense, com efeitos em toda a população. O prejuízo causado a essas organizações já chegou à casa de R$ 20 milhões. São efeitos claros de que o uso da inteligência aliado à tecnologia é o caminho mais eficiente para enfraquecer a atuação desses grupos”
Desde segunda-feira (9), foi descoberto e fechado um laboratório de refino de drogas, um depósito de medicamentos, entorpecentes e material para preparo. Ao todo, 24 pessoas foram presas, 101 veículos – entre carros e motos – apreendidos e 42 toneladas de barricadas retiradas do Complexo da Maré. Na terça (10), o governo do Estado recuperou o acesso à piscina do Complexo Esportivo da Maré, ocupada por traficantes para sediar aulas de guerrilha.
As forças de segurança apreenderam, nos últimos três dias, 100 quilos de pasta base de cocaína (descobertos num galpão próximo à Vila Cruzeiro), mais de meia tonelada de maconha e drogas sintéticas em diversos pontos, uma plantação de skunk num imóvel de dois andares na Vila do João e duas estufas de maconha na Maré.