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22/11/2023 às 21h04min - Atualizada em 23/11/2023 às 00h01min

FIJ repudia privatização de estatais de comunicação da Argentina

Entidade também afirmou que apoiará os sindicatos locais do setor na defesa “do acesso à informação e emprego”.

Agencia Brasil - GERAL
https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2023-11/fij-repudia-privatizacao-de-estatais-de-comunicacao-da-argentina




A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), organismo que reúne 600 mil jornalistas de todo o mundo, com presença em mais de 140 países, repudiou, nesta quarta-feira (22), as declarações do presidente eleito da Argentina, Javier Milei, sobre a privatização dos veículos públicos de comunicação. A entidade também afirmou que apoiará os sindicatos locais do setor na defesa “do acesso à informação e emprego”.



Na última segunda-feira (22), Milei afirmou, já como presidente eleito, sua intenção de privatizar empresas estatais, mencionando a Televisión Pública, a Radio Nacional e a agência de notícias Télam. Em comunicado conjunto, diretores de veículos públicos de comunicação da Argentina afirmaram que as palavras de Milei “geram rechaço e preocupação, já que demonstram um grande desconhecimento do papel que [esses veículos] cumprem na construção democrática”.



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O documento das emissoras públicas reafirma que os meios de comunicação públicos garantem a informação como um direito e não uma mercadoria, bem como a pluralidade, a diversidade e a inclusão em seu conteúdo, o mandato de serviço público estabelecido pelas leis vigentes e a soberania informacional e cultural. “Os meios de comunicação públicos são essenciais para o fortalecimento da vida democrática, da liberdade de expressão, da diversidade de vozes e da construção cidadã”.



Em diversas entrevistas como candidato, Javier Milei argumentou que os meios de comunicação públicos são “um ministério secreto de propaganda” e que “tudo o que puder estar nas mãos do setor privado, estará nas mãos do setor privado."



Em nota, a FIP reafirmou apoio a todas as organizações reunidas na luta pela defesa dos meios públicos de comunicação. “Sua permanência no ecossistema mediático garante o direito do povo à informação com um critério de não obedecer às leis do mercado, apoiando uma agenda plural e nacional”, diz a entidade. 



*com informações da agência Télam




Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2023-11/fij-repudia-privatizacao-de-estatais-de-comunicacao-da-argentina
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