O primeiro caso em Votuporanga foi detectado em uma mulher, de 34 anos, que chamou a atenção por conta da intensidade dos sintomas clássicos da doença, como febre, vômito, dor e manchas vermelhas pelo corpo, além de sangramento nasal e pela urina. Nas ações de bloqueio, que envolvem identificar a circulação do sorotipo, a secretaria confirmou outros sete casos suspeitos. O resultado das amostras colhidas apontou que, dos sete, três eram do tipo 3 da dengue, sendo todas do sexo feminino, com 5, 31 e 46 anos.
A Secretaria de Estado da Saúde informou que “não há registro deste tipo da doença em outros municípios do estado de São Paulo, nem óbitos”. Em nota, o governo estadual disse que monitora “o cenário epidemiológico com plano de contingência, que é feito todos os anos, independente da linhagem”.
O vírus da dengue tem quatro sorotipos. Segundo a Fiocruz, a infecção por um deles gera imunidade contra o mesmo sorotipo, mas é possível contrair dengue novamente se houver contato com um sorotipo diferente.
O risco de uma epidemia com o retorno do sorotipo 3 ocorre por causa da baixa imunidade da população, uma vez que poucas pessoas contraíram esse tipo de vírus desde as últimas epidemias registradas no começo dos anos 2000.
Existe ainda o perigo da dengue grave, que ocorre com mais frequência em pessoas que já tiveram a doença e são infectadas novamente por outro sorotipo.
A prefeitura de Votuporanga reforça a necessidade de que a população receba os agentes de saúde para fazer a vistoria de focos do mosquito Aedes aegypti. Também lembra que é fundamental a limpeza dos quintais para evitar água empoçada, que são criadouros do inseto.
Entre os sintomas de alerta da doença, estão: febre, manchas vermelhas pelo corpo, dor abdominal, vômito persistente, acompanhados também de sangramento na gengiva, nariz ou na urina. A orientação da secretaria é que o cidadão procure atendimento médico na unidade de saúde mais próxima ao perceber qualquer sintoma.