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28/11/2023 às 15h35min - Atualizada em 29/11/2023 às 00h03min

Marinho: o que gera emprego é demanda por produção, e não desonerações

Para o ministro do Trabalho e Emprego, é um “contrassenso” se falar em desonerar setores no momento em que o Congresso Nacional está executando um plano para a reforma tributária.

Agência Brasil - Economia
https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2023-11/marinho-o-que-gera-emprego-e-demanda-por-producao-e-nao-desoneracoes




O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, disse que desonerações para setores específicos não geram empregos para o país. O que gera vagas, segundo ele, é o bom funcionamento, de forma sistêmica, da economia, motivada pelo aumento da demanda por produção.



A afirmação foi feita nesta terça-feira (28) – durante coletiva de imprensa na qual foram anunciados os números do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) – após o ministro ser perguntado sobre os reflexos do veto presidencial ao projeto de lei que prorrogaria benefícios a 17 setores considerados intensivos em mão de obra.



Contrassenso



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Marinho disse ver um “contrassenso” se falar em desoneração de setores no momento em que o Congresso Nacional ainda está executando um plano para a reforma tributária.



“É preciso, na reforma tributária, buscar e planejar de tal forma que dê solução para o conjunto da economia e, nesse bojo, observar setores que eventualmente necessitem de uma atenção além. Agora, escolher setores com a justificativa [apresentada] de geração de empregos, eu não acredito. O que gera empregos não é salário menor deste ou daquele setor, nem é incentivo fiscal para este ou aquele setor. O que gera emprego maior é a economia estar demandando mais produção”, argumentou o ministro



Segundo Marinho, uma empresa não vai contratar ou demitir em cima de eventualidades. “Incentivos, por exemplo, para a contratação de jovens, podem eventualmente fazer com que empresas troquem trabalhadores motivada por esse incentivo. Ela então vai substituir mão de obra. Não vai gerar empregos”, acrescentou.



O ministro comparou a atual discussão com o ocorrido durante a reforma trabalhista implementada durante o governo Temer.



“Fizeram um desmonte na legislação trabalhista, prometendo geração de empregos em massa, mas o que aconteceu foi a precarização do trabalho. Por isso precisamos olhar o todo do conjunto da economia, que precisa crescer de forma saudável, perene e contínua. Voos de galinha não resolvem o problema da economia”, complementou.




Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2023-11/marinho-o-que-gera-emprego-e-demanda-por-producao-e-nao-desoneracoes
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