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08/03/2024 às 22h44min - Atualizada em 09/03/2024 às 00h00min

Na Paulista, marcha pede legalização do aborto e igualdade de gênero

Roxo e verde invadiram a capital paulista, cores que representam o movimento feminista e a descriminalização do aborto.

Agência Brasil - Últimas Notícias
https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2024-03/na-paulista-marcha-pede-legalizacao-do-aborto-e-igualdade-de-genero




A Avenida Paulista tornou-se roxa e verde nesta sexta-feira (8), com a manifestação de movimentos sociais pelo Dia Internacional da Mulher.



Mulheres, homens e pessoas não-binárias participaram da marcha para cobrar direitos, como o acesso a serviços gratuitos e de qualidade na área da educação e da saúde, à água e a legalização do aborto. 



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O roxo e o lilás representam a luta do movimento feminista. Já o verde remete à onda que identifica os países onde o aborto foi totalmente descriminalizado.



Os manifestantes também denunciaram a violência de gênero, que aparece tanto em índices elevados de feminicídio nos últimos anos, como de maneira mais cotidiana, na forma de discriminação e iniquidade no mercado de trabalho.



A marcha teve início por volta das 18h e percorreu diversos quilômetros, sob chuva, até a Rua Augusta. Com vigor, lideranças se revezaram aos microfones gritando palavras de ordem como "Estado de Israel, Estado assassino. E viva a luta do povo palestino", outra posição política adotada durante o protesto.



Os manifestantes também homenagearam nomes da resistência feminista no Brasil. Um deles foi a psicóloga Nalu Faria, uma das articuladoras da Marcha Mundial das Mulheres e que faleceu em outubro de 2023, aos 64 anos. Integrante da Sempreviva Organização Feminista (SOF), ela fazia tratamento contra insuficiência cardíaca, em São Paulo. 



Em meio às pessoas, encontravam-se bordados do grupo Linhas de Sampa, que grava através das produções têxteis, entregues a mulheres que compareceram ao protesto. Entre as bandeiras, estandartes e cartazes, havia mensagens como "Resistimos para viver, marchamos para transformar", "Respeitem o padre Julio Lancellotti", "Na luta por defesa dos nossos corpos, territórios e soberania" e "O medo não vai nos parar", o que demonstra a variedade das causas defendidas. Outra mensagem que chamou a atenção foi "Sem igualdade de gênero e raça, não há justiça climática".



Outra pauta dos movimentos foi o pedido pela prisão do ex-presidente da República Jair Bolsonaro, justificados pelo desejo de que responda pelos retrocessos ocorridos durante a sua gestão e efeitos de suas decisões ao longo da pandemia de Covid-19, como as barreiras contra a vacinação, que ocasionaram a morte de centenas de milhares de brasileiros. Para a fisioterapeuta Graziela Almeida, que estava no ato, a medida é adequada porque Bolsonaro provocou muitos danos à população na pandemia. 



Ao todo, estavam previstos 26 atos por todo o Brasil. Para sábado (9), estão programados outros três, sendo um em Caruaru (PE), um em São Bernardo do Campo (SP) e o terceiro em Guarapari (ES).




Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2024-03/na-paulista-marcha-pede-legalizacao-do-aborto-e-igualdade-de-genero
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