O PLN 4/24 aprovado permite que o governo federal execute prioritariamente os recursos de emendas parlamentares para cidades em situação de calamidade pública ou emergência de saúde pública. Por sua vez, o PLN 12/24 facilita o remanejamento de emendas parlamentares para ações de proteção e defesa civil, saúde e assistência social.
A norma prevê que a liberação incida sobre as emendas elaboradas na modalidade de “transferência especial”, que são destinadas às prefeituras, sem necessidade de convênios.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que não faltarão esforços do Parlamento para ajudar o povo gaúcho. “Não faltarão iniciativas, esforços e empenho por parte do Parlamento brasileiro para que haja a mitigação dessa tragédia com auxílio efetivo, através de proposições legislativas inteligentes, eficazes, efetivas, e a fiscalização, por parte do Parlamento, do trabalho realizado pelo Poder Executivo federal”, destacou.
O PLN 4/24 também prevê, entre outros pontos, que o Executivo apoiará o fortalecimento de ações de saúde mental voltadas ao atendimento de pessoas com transtorno do espectro autista, incluindo a estruturação e o custeio de equipamentos de saúde pública que atendam a essa finalidade, desde que amparados por decisão da Comissão Tripartite do Sistema Único de Saúde (SUS).
A oposição ainda conseguiu aprovar um destaque, apresentado pelo PL, que retirou do PLN 4/24 o artigo que dispensava a exigência de que empresas que fossem tomar empréstimos acima de R$ 30 milhões em instituições financeiras públicas tivessem estabelecidas políticas de integridade e governança.
O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), disse que, se aprovada, a mudança fragilizaria o "próprio processo de concessão de crédito”.
O relator do projeto, deputado Cláudio Cajado (PP-BA), defendeu que a mudança seria temporária, de apenas um ano, sendo necessária para tocar as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Segundo ele, empresas médias ainda não conseguem atender às exigências hoje previstas para tomar esses empréstimos.
“Existem empresas estatais que estão com recursos para poderem ser efetivados e gastos, e, no entanto, nós não conseguimos a viabilidade até este momento. Esses financiamentos para outras empresas são importantes principalmente porque, com a questão da Lava Jato, as grandes empresas estão cedendo lugar às médias, que ainda estão se adaptando”, argumentou.
Matéria alterada às 16h24 para corrigir informação. Diferentemente do informado, foi aprovado destaque que retirou do PLN 4/24 artigo que dispensava políticas de integridade e governança para empresas tomadoras de empréstimos acima de R$ 30 milhões em instituições financeiras públicas.