A União Russa de Futebol (RFS, sigla em russo) irá recorrer à Corte Arbitral do Esporte (CAS) contra Fifa e Uefa, que na última segunda-feira (28) suspenderam a participação das seleções (feminina e masculina) e dos clubes do país em qualquer competição organizada pelas entidades, por tempo indeterminado. O pacote de sanções conjunto foi anunciado quatro dias após a a invasão militar russa na Ucrânia. Entre as punições, está a exclusão da seleção masculina russa das Elimiinatórias Europeias da Copa do Mundo do Catar.
"A RFU exigirá a recolocação de todas as seleções masculinas e femininas da Rússia de futebol nos torneios em que participaram (inclusive na fase de qualificação da Copa do Mundo no Catar), bem como indenização por danos,", diz o comunicado.
A União de Futebol Russa argumenta que Fifa e Uefa teriam sofrido pressão externa ao decidirem pelo rol de punições, que engloba campeonatos de futebol de campo, praia e salão (futsal).
“A RFU acredita que a FIFA e a UEFA não tinham base legal ao decidir sobre a remoção das equipes russas. Violou os direitos fundamentais da RFU como membro da FIFA e da UEFA, incluindo o direito de participar de competições. Além disso, a decisão de retirar a seleção da classificação para a Copa do Mundo de 2022 foi tomada sob pressão de rivais diretos nos play-offs, o que violou o princípio do esporte e as regras do fair play”.
A seleção masculina da Rússia enfrentaria a Polônia pela semifinal da repescagem das Eliminatórias da Copa, no dia 24 de março e, caso avançasse, também jogaria em casa contra Suécia ou República Tcheca em 29 de março na final da chave B. Todos os jogos foram cancelados.
“A União Russa de Futebol também não teve o direito de apresentar sua posição, o que violou o direito fundamental à defesa. Além disso, ao tomar decisões, a FIFA e a UEFA não levaram em consideração outras opções possíveis de ação, exceto a exclusão completa dos participantes da competição da Rússia”, conclui a nota oficial.