“A dor nas costas é uma das queixas mais comuns nos consultórios médicos e boa parte é em decorrência de problemas musculares, traumas ou má postura – entretanto, a dor crônica, que não alivia por semanas, pode ser sinal de doença reumática, crônica, como a espondilite anquilosante”, afirma o reumatologista Ricardo Acayaba, Professor Visitante da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto e membro da Sociedade Brasileira de Reumatologia. A espondilite anquilosante (EA) – que tem em maio um mês dedicado a esclarecimento em todo mundo – é uma doença inflamatória crônica que, com o passar do tempo, alguns dos ossos da coluna vertebral se fundem e , com isso, se torna menos flexível – em casos mais severos, a pessoa não consegue se erguer e permanece com a coluna curvada , além de causar dificuldade de respiração2.
“Uma das características da doença é que as dores pioram com repouso e melhoram com exercícios físicos e alongamentos. A jornada do paciente com espondilite costuma ser longa. Estudos mostram que o diagnóstico correto pode demorar em média 7 anos 1-3. “Isso porque cerca de 85% das dores nas costas de quem passa por um clínico geral tem características mecânicas e não inflamatórias”, alerta.
Cura – Não há cura para espondilite anquilosante, mas os tratamentos disponíveis podem controlar os sintomas e diminuir a progressão da doença. Segundo o especialista, o tratamento pode incluir medicamentos, fisioterapia e exercícios físicos regulares. “Há cerca de 20 anos, os tratamentos avançaram bastante. Atualmente medicamentos poderosos conseguem interromper a via da inflamação. Com o bloqueio de citocinas, conseguimos oferecer um tratamento mais atualizado e específico”, ressalta Acayba.
Sintomas Mais Comuns 2 – Os primeiros sinais e sintomas podem incluir dor e rigidez na região lombar e quadril, principalmente pela manhã ou após períodos de inatividade. Dor na nuca e cansaço também são comuns. As áreas mais comumente afetadas são:
Causas e fatores de risco
A espondilite anquilosante não tem uma causa especifica conhecida, mas sabe-se que. fatores genéticos podem estar envolvidos. Os homens. Têm maior probabilidade de desenvolver a espondilite anquilosante do que as mulheres. O surgimento da doença ocorre geralmente no final da adolescência e inicio da idade adulta 1-3.
Além de restringir a mobilidade e a funcionalidade do paciente, a EA pode causar inflamação ocular (uveíte), fraqueza óssea com fraturas recorrentes e problemas cardíacos.
Diagnóstico e Tratamento - O diagnóstico deve ser feito por médico especialista, com base no histórico do paciente e com auxilio de exames laboratoriais e de imagem. O tratamento dessas condições tem avançado bastante recentemente. Inicialmente é realizado com anti-inflamatórios. Algumas vezes, medicamentos biológicos especiais podem ser necessários. Esses medicamentos poderão ser apropriadamente prescritos pelo seu médico. Além das medicações, o tratamento fisioterápico é fundamental para a prevenção de deformidades 1-3.