Todos os anos, em 31 de maio, é celebrado o Dia Mundial sem Tabaco. A data tem o objetivo de alertar sobre os malefícios de todas as formas de tabagismo, dentre os quais estão a ocorrência de diversos tipos de câncer. Inclusive, este é o maior fator de risco evitável para neoplasias como as de pulmão, cabeça e pescoço, esôfago, estômago, pâncreas, bexiga, rim e fígado.
Para se ter ideia, o ato de fumar eleva em 40 vezes as chances de se ter tumores pulmonares, sendo que de 80% a 90% dos casos estão associados ao tabagismo.
“Sabemos que, muitas vezes, os fumantes têm dificuldade de deixar este hábito, no entanto é preciso pensar na saúde a médio e longo prazos, buscando ajuda especializada caso não se consiga sozinho. Uso de medicamentos e acompanhamento psicológico podem ser boas ferramentas”, afirma o médico oncologista clínico do Centro de Oncologia do Paraná, Bruno Batista.
Estatísticas
Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) mostram que 90% dos casos de câncer de pulmão tem relação com o uso excessivo de cigarro. Esse tipo de câncer é o mais comum de todos os tipos da doença e atinge em maior número os homens.
A última estatística mundial de 2020 apontou incidência de 2,2 milhões de casos novos de câncer de pulmão, sendo 1,24 milhão em homens e 583 mil em mulheres, além de 1,8 milhão de óbitos pela doença. No Brasil, o câncer de pulmão é o terceiro mais incidente nos homens e o quarto em mulheres, com 17.760 e 12.440 casos novos, respectivamente, sem contar o câncer de pele não melanoma. No entanto, quando se fala de mortalidade, o câncer de pulmão corresponde a principal causa de óbito por câncer no país. Trata-se de um câncer silencioso e perigoso porque só apresenta sintomas em estágios mais avançados, quando já está comprometendo grande parte do pulmão ou outros órgãos.
Além do câncer de pulmão, o tabagismo é fator de risco para câncer de boca, garganta, bexiga, assim como para doenças cardiovasculares.
A Organização Mundial da Saúde aponta que o tabaco causa a morte de mais de oito milhões de pessoas no mundo, sendo que no Brasil são mais de 150 mil mortes que poderiam ser evitadas.
Cigarro X Pandemia
Segundo pesquisa da Fiocruz, 34% dos fumantes brasileiros declararam ter aumentado o número de cigarros fumados durante a pandemia. Este crescimento, ainda de acordo com o estudo, está associado à deterioração da saúde mental dos tabagistas, com piora de quadros de depressão, ansiedade e insônia. O aumento no consumo foi ainda maior entre aqueles que também afirmaram ter piora no sono (45,5%) e agravamento de sentimentos de solidão (39,6%), tristeza (46,3%) e nervosismo (43,3%).
Sobre o Centro de Oncologia do Paraná
Desde 1991, o Centro de Oncologia do Paraná se dedica ao tratamento do câncer, priorizando um atendimento exclusivo, sempre atualizado e com ênfase no relacionamento médico-paciente. Conta com um corpo clínico qualificado, com profissionais especializados na área de cancerologia, incluindo cirurgia oncológica, vídeo-cirurgia, oncologia clínica, mastologia, oncologia pediátrica, e oncologia ginecológica. Possui uma equipe multidisciplinar com especialistas em dermatologia, ginecologia, mastologia, urologia, hematologia, farmacêuticos, nutricionistas e psicóloga.