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02/06/2022 às 10h47min - Atualizada em 02/06/2022 às 12h06min

Serviços presenciais puxam crescimento da economia no 1º trimestre

Segundo o IBGE, destaque foi o segmento de outros serviços, que inclui trabalhos presenciais prestados às famílias como alojamento e alimentação, que cresceu 2,2%.

Agência Brasil - Economia
https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2022-06/servicos-presenciais-puxam-crescimento-da-economia-no-1o-trimestre


O crescimento de 1% no setor de serviços foi o principal responsável pelo avanço da economia do país, na passagem do último trimestre de 2021 para o primeiro deste ano. O Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, teve crescimento de 1% no período.



De acordo com dados divulgados hoje (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), um dos destaques foi o segmento de outros serviços, que inclui trabalhos presenciais prestados às famílias, como alojamento e alimentação, e que cresceu 2,2%.



Outro destaque entre os serviços foi o grupo transporte, armazenagem e correio, que cresceu 2,1%. Já o comércio avançou 1,6%.



Segundo o IBGE, o crescimento tem relação com a flexibilização das medidas de isolamento adotadas devido à pandemia de covid-19. “O avanço se deu basicamente pelo aumento da demanda por serviços, principalmente os presenciais voltados para as famílias”, disse a pesquisadora do IBGE Rebeca Palis.



Ela destaca que serviços relacionados a viagens também cresceram. “O transporte aéreo de passageiros cresceu bastante. Nos serviços também têm alojamento e alimentação. Além da flexibilização, cresceu a própria demanda da população. Diminuiu o receio do consumo desses serviços”.



O PIB brasileiro está 1,6% acima do quarto trimestre de 2019, ou seja, último trimestre antes da pandemia. Apesar disso, ainda se encontra 1,7% abaixo do patamar recorde da economia brasileira no primeiro trimestre de 2014.



“A gente mais do que superou a retração que houve com a pandemia, mas ainda não recuperou o patamar pré-crise de 2015/2016”, afirmou Rebeca.



A indústria, por sua vez, manteve certa estabilidade, ao variar apenas 0,1%. Alguns segmentos apresentaram alta, como eletricidade e gás, água, esgoto e gestão de resíduos (6,6%) e indústria da transformação (1,4%). A indústria da transformação, no entanto, freou o desempenho do setor industrial, com queda de 3,4%.



A agropecuária, por outro lado, teve resultado negativo, ao cair 0,9%. Segundo o IBGE, a queda foi influenciada principalmente pela estiagem no Sul do país, que provocou perdas na estimativa de produção da soja, maior lavoura brasileira.



Despesas



Quanto às despesas, o crescimento foi puxado por dois componentes: o consumo das famílias, que avançou 0,7%, e as exportações, que subiram 5% no primeiro trimestre.



A formação bruta de capital fixo, que mede os investimentos, teve queda de 3,5% no período, relacionada à diminuição na produção e importação de bens de capital.




Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2022-06/servicos-presenciais-puxam-crescimento-da-economia-no-1o-trimestre
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