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24/06/2022 às 17h31min - Atualizada em 26/06/2022 às 00h01min

Especialista comenta o aumento de casos confirmados da Varíola do Macaco no Brasil

Professor do IBMR e biomédico virologista, Raphael Chagas, avalia atual situação da disseminação do vírus no país

SALA DA NOTÍCIA Fernanda Nazaré Assis

Divulgação
O Ministério da Saúde confirmou 11 casos da Varíola do Macaco no Brasil, nesta quarta-feira (22). Segundo a pasta, sete são em São Paulo, dois no Rio de Janeiro e dois no Rio Grande do Sul.  Ainda há 10 suspeitas de contaminação sendo investigadas, sendo quatro delas no Rio de Janeiro, duas no Ceará, duas no Rio Grande do Sul, uma em Santa Catarina e outra no Acre.

Ainda sem muita explicação para a disseminação da doença e, vivendo o contexto pós-pandêmico de Covid-19, a Varíola do Macaco tem feito o radar da população apitar para o risco de uma nova crise sanitária. Corremos tal perigo? A atual vacina contra varíola é eficiente? Como o macaco transmite a doença?


O biomédico virologista e professor do IBMR, Raphael Chagas, esclarece essas e outras questões. Para ele, um dos pontos mais importantes a serem ressaltados no momento é que o macaco não transmite o vírus, os bichinhos não devem ser apedrejados - como já ocorreu na região Sul do país. “O macaco não é o causador do vírus, ele não emana do macaco, é apenas um reservatório do vírus. Se assemelha muito ao caso da Febre Amarela. O macaco acaba sendo o reservatório, mas não é o responsável por gerar o vírus, os principais reservatórios são os roedores,” explica o especialista. Ele ainda acrescenta que a Organização Mundial da Saúde (OMS) vem estudando com pesquisadores a mudança do nome “Varíola do Macaco''.

Em reunião nesta quinta-feira (23), o órgão pediu que todos os Estados-membros compartilhem informações. Há três semanas, a Organização foi informada da detecção de três casos da Varíola do Macaco, no Reino Unido, de pessoas que não haviam viajado para fora do país. Desde então, foram notificados mais de 3.200 casos e um óbito entre os 48 países.

Sobre a forma de contágio, já há casos no Rio de Janeiro de pessoas contaminadas que não viajaram para fora do país, contudo, teve contato com estrangeiros. Mas ainda é cedo para falar em contágio comunitário. Outra suspeita de contágio é pelo ato sexual, que está sendo investigado por pesquisadores na Itália. “Esta questão ainda está em debate, não necessariamente no ato sexual há uma transmissão, mas as pessoas que se relacionam se encostam. Então, no contato com as feridas da pele (as bolhas) pode passar o vírus para outra pessoa. Vamos ter a confirmação dessa suspeita um pouco mais pra frente”, acredita o professor do IBMR.

Ainda como explica Chagas, uma vez que a pessoa é infectada os sintomas podem aparecer de 5 a 21 dias após o contágio. São eles: dor de cabeça, febre, calafrio,exaustão e alguns casos podem ocorrer lesões cutâneas que coçam bastante e podem se espalhar por todo corpo.

O professor responde: Devemos nos preocupar mais com a Covid-19 ou com a Varíola do Macaco?

Algumas pessoas estão muito preocupadas com a Varíola do Macaco, mas acredito que deveriam se preocupar mais com a pandemia de Covid-19, ela sim ainda é uma questão preocupante. A Varíola dos Macacos tem os sintomas de menor gravidade, com baixo índice de letalidade. Então, não devemos nos preocupar a tal nível. O que devemos fazer é monitorar, ficarmos alertas com as instruções vindas dos órgãos oficiais de saúde. O desespero não é necessário nesse momento e as medidas de prevenção devem ser adotadas em momentos oportunos.

A vacina que temos hoje, a mesma que usamos para erradicar a varíola na década de 1970, tem uma efetividade muito boa para a Varíola do Macaco, cerca de 85%. Até o momento, a OMS não recomenda uma nova vacinação em massa.


Raphael Chagas é biomédico virologista, professor do IBMR e coordenador de grande área na instituição. O especialista se encontra disponível para entrevistas em todos os tipos de mídia.


Sobre o IBMR
Com o propósito de transformar vidas promovendo o saber e a empregabilidade, o Centro Universitário IBMR está entre os três melhores centros universitários privados do estado do Rio de Janeiro, de acordo com o Ministério da Educação (MEC). Os campi estão localizados na Barra, Botafogo e Catete. São 53 anos de tradição em ensino superior oferecendo mais de 60 opções de cursos de graduação nas modalidades presencial, semipresencial e EAD, além de pós-graduação lato sensu e extensão. As melhores práticas acadêmicas já renderam ao Centro Universitário IBMR o 1º lugar na avaliação do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE) em Biomedicina e Fisioterapia, entre as escolas privadas do Rio de Janeiro. A Clínica-escola é referência em ações de responsabilidade social, bem-estar e cuidados de saúde. Os alunos realizam, sob supervisão de profissionais da área, atendimentos humanizados, personalizados e gratuitos em instalações modernas e confortáveis. A instituição preza em oferecer um ensino acessível, próximo e completo baseado em seus pilares de empregabilidade, infraestrutura completa, proximidade e acessibilidade.

INFORMAÇÕES À IMPRENSA: Fernanda Nazaré
Fernanda.nazare@redecomunicacao.com
(31) 99703-0297
IBMR

 


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