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05/07/2022 às 10h03min - Atualizada em 10/07/2022 às 00h01min

Com a crise dos fertilizantes, esterco brasileiro começa a faltar no agronegócio. Para onde está indo o nosso esterco?

Alexandre Francisco de Andrade (*)

SALA DA NOTÍCIA Alexandre Francisco de Andrade

Freepik
O uso de esterco, é um elemento necessário, extremamente complexo e importante, pois é uma excelente fonte de nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K). Em alguns países, os criadores de gado e laticínios viram sucesso de negócio com a venda de esterco para os produtores de grãos e outras culturas. No Brasil, não foi diferente, os produtores rurais brasileiros estão em busca de esterco de bovinos, aves e suínos para a adubação de suas lavouras. Uma ideia que surgiu devido a escassez global de fertilizantes e dos preços altíssimos dos fertilizantes industriais.

O esterco, é um material dito como um componente-chave da agricultura sustentável, ajuda as culturas a crescer e manter os solos saudáveis. O uso de esterco é um assunto com muitas discussões em diversos tópicos de agricultura sustentável, incluindo: fertilidade do solo, saúde do solo, agricultura orgânica, agricultura regenerativa, sequestro de carbono e recursos renováveis.


O suprimento de esterco substitui a falta de nutrientes, mas encontra obstáculos como: preço de venda disparou junto com a valorização dos fertilizantes químicos, altos custos com transporte, principalmente, o adicional do frete. Obrigações com órgãos reguladores estaduais e federais quanto aos impactos nos corpos hídricos, pois pode causar sérios problemas se contaminar córregos, lagos e águas subterrâneas. A questão é quanto esterco é necessário para fornecer nitrogênio e fósforo para um tipo de cultura?

As taxas normais de esterco chegam a toneladas por hectare, para ser considerada uma fonte sustentável de nutrientes, ou seja, a demanda pelo material exige um alto volume. Por exemplo, o esterco bovino é preciso ter maior quantidade (30 t/ha) em relação ao de galinha (10 t/ha).[1] O Brasil não tem esse equilíbrio para atender a demanda, a solução seria aumentar nossas áreas de produção animal e aves.

* Alexandre Francisco de Andrade é (Mestrado em Engenharia de Produção – coordenação na área do Agronegócio) na UNINTER.
 


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