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07/08/2021 às 22h35min - Atualizada em 08/08/2021 às 00h01min

Burle Marx: conheça o sítio que ganhou título de Patrimônio Mundial da Unesco

O sítio, transformado em jardim tropical no Rio de Janeiro, é obra do paisagista e artista plástico Roberto Burle Marx.

G1 - Notícias
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O sítio, transformado em jardim tropical no Rio de Janeiro, é obra do paisagista e artista plástico Roberto Burle Marx. Jornal Nacional visita o sítio Roberto Burle Marx, premiado recentemente com o título de patrimônio mundial
O Brasil ganhou, recentemente, mais um título de Patrimônio Mundial da Unesco. É um sítio transformado em jardim tropical no Rio de Janeiro, obra do paisagista e artista plástico Roberto Burle Marx.
A casa onde Roberto Burle Marx viveu continua intacta. Ainda guarda as pinturas e as coleções do artista.
No sítio, que ele comprou em 1949, tem uma capelinha construída há mais de 200 anos. Mas a maior riqueza está em volta, o terreno de 400 mil metros quadrados, onde ciência e arte se encontram.

Burle Marx usou todo o sítio como um ateliê, cultivou cores, texturas e formas.
“Minha mãe gostava muito de plantas, e essa influência ela teve em mim. Eu me lembro dela podando roseiras em São Paulo, na Avenida Paulista, onde nasci e, daqueles esqueletos, nascendo uma emoção colorística. Eu tinha três anos”, contou Burle Marx em entrevista em 1989.
Burle Marx dizia que os jardins são obras de arte vivas, em várias dimensões, inclusive a do tempo, que sempre interfere no resultado. Uma prova disso é uma figueira, uma das primeiras mudinhas plantadas no sítio pelo paisagista há 70 anos
Para criar um jardim com estilo próprio, Burle Marx escolheu espécies tropicais, que não eram valorizadas na época.
“Ele precisou criar seu próprio repertório vegetal, sua paleta, digamos assim, a partir da qual ele criaria suas obras de arte vivas, esse conceito de jardim tropical moderno, porque ele é alinhado ao movimento moderno, na arquitetura, nas artes”, explica a diretora do sítio Roberto Burle Marx, Cláudia Storino.
Folhagens como a Costela de Adão, por exemplo, não eram usadas nos jardins nem tinham interesse comercial.

“Para mim, isso era mato. Quando eu vi o Burle Marx plantando tudo isso e cuidando, eu disse: ‘Ué? Isso serve para alguma coisa?’”, lembra o jardineiro Elias Verdan Moreira.

Foram 20 anos de convivência e ensinamentos, até a morte do paisagista, em 1994. Elias nunca deixou de trabalhar no local. Se dedica a cuidar de obras de Burle Marx, como um lustre com frutos de urucum.

“Uma vez ele disse para mim: ‘Quando você tiver projetando um jardim, você coloca as plantas mais altas lá atrás e as menores na frente, porque é para pessoa chegar aqui e olhar e sentir todas elas’”, conta Elias.

O sítio, que ganhou o título de Patrimônio Mundial da Unesco, é um banco com 3,5 mil espécies de plantas, 50 descobertas pelo paisagista, que organizou expedições e projetou jardins de várias capitais do Brasil e também de outros países.
O fotógrafo Oscar Liberal é apaixonado pelo sítio.

“Cada vez que você vem ao sítio, que você visita o sítio, é uma cor diferente, é uma luz diferente. As plantas mudam, as coisas são vivas, é um lugar assim, magico, não se repete. Só estando presente que você vai sentir isso”, diz.

Fonte: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2021/08/07/burle-marx-conheca-o-sitio-que-ganhou-titulo-de-patrimonio-mundial-da-unesco.ghtml
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