Com a chegada do segundo semestre e o retorno às salas de aula é importante que os cuidados com a saúde estejam em pauta, atuando na prevenção contra doenças imunopreveníveis, como o sarampo, pneumonia, coqueluche, catapora e meningite meningocócica. Segundo a Dra. Lessandra Michelin (CRM 23494-RS), infectologista e gerente médica de vacinas da GSK, o ambiente escolar favorece o contágio de muitas doenças por causa do contato próximo entre os alunos. Por isso, é fundamental que crianças e adolescentes estejam com a carteira de vacinação em dia, já que a vacina é uma das principais forma de prevenção. 1,2,9
Entre as doenças imunopreveníveis e que podem ser contraídas no ambiente escolar, a meningite merece uma atenção especial, já que pode ser causada por diversos agentes infecciosos, como bactérias, fungos e vírus. 3,4 Em geral, a mais grave delas é a meningite meningocócica, que é de origem bacteriana. 4 É uma doença, que, em 24 horas, pode mudar o rumo da vida do paciente: a evolução rápida e a alta letalidade da meningite meningocócica são algumas das características mais preocupantes da infecção quando a bactéria Neisseria meningitidis (ou meningococo) atinge as membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. 3-6 Além disso, o meningococo pode infectar a corrente sanguínea, causando meningococcemia. 4
A meningite meningocócica pode ser transmitida através do contato com gotículas ou secreções respiratórias através de tosse, espirro ou beijo de uma pessoa contaminada. 3,4 “Apesar de a maioria dos casos ocorrer em crianças, principalmente em menores de cinco anos, a meningite meningocócica pode se manifestar em qualquer faixa etária, incluindo adolescentes e jovens adultos”, destaca a infectologista.
“O grande desafio da doença é o diagnóstico precoce para começar o tratamento adequado imediatamente, que será determinante para a sobrevivência ou redução de sequelas no paciente. É preciso estar atento aos primeiros sinais, que muitas vezes se confundem com os de outras infecções, incluindo a COVID-19. Para minimizar todos esses riscos, a vacinação desponta como a forma de prevenção mais efetiva contra a doença”, completa.
Os sintomas iniciais da meningite meningocócica podem incluir febre alta, irritabilidade, dor de cabeça, náusea e vômito. 4,5 Na sequência, o paciente pode apresentar pequenas manchas arroxeadas na pele, rigidez na nuca e sensibilidade à luz. 5 Se não for rapidamente tratado, o quadro pode evoluir para confusão mental, convulsão, choque, infecção generalizada, falência múltipla de órgãos e risco de óbito. 4,6
Prevenção da meningite meningocócica
Atualmente, no Brasil, existem vacinas para a prevenção dos 5 sorogrupos mais comuns de meningococo: A, B, C, W e Y. 4,7,8 O de maior incidência é o C, quando observamos todas as faixas etárias. 4 Já em bebês no primeiro ano de vida e crianças menores de 10 anos no Brasil, o sorogrupo B é o principal causador da doença. 8
“Além disso, alguns dados e estudos nos mostram que há também dois picos de incidência da doença: geralmente nos bebês menores de um ano e em adolescentes e jovens, dos 15 aos 24 anos”, acrescenta Dra. Lessandra.
Nos postos de saúde, a vacina contra a doença causada pelo meningococo C é gratuita para bebês, com doses administradas aos 3 e 5 meses de idade, e um reforço aos 12 meses, que pode ser aplicado em crianças menores de 5 anos de idade. 2 Recém-incorporada ao PNI, a vacina contra os sorogrupos A, C, W e Y é oferecida em dose única para adolescentes entre 11 e 12 anos. 2
Já o sorogrupo B é prevenido por vacinação disponível somente na rede particular, com doses previstas para os 3 e 5 meses de idade, e uma dose de reforço entre 12 e 15 meses, de acordo com a recomendação dos calendários das Sociedades Brasileira de Pediatria e Imunizações. 9,13 Crianças acima dos 24 meses seguirão o esquema de 2 doses com intervalo de 1 a 2 meses. 9,13 Também com início aos 3 meses de vida e podendo ser aplicada no mesmo momento da B, as clínicas privadas ainda oferecem a vacina ACWY, com uma dose de reforço entre 5 e 6 anos, e outra aos 11 anos. 9,10,13
Além da vacinação, que é uma das principais formas de prevenção contra a meningite meningocócica, existem outros métodos importantes que ajudam no combate, como manter os ambientes ventilados e limpos, evitar aglomerações e compartilhamento de objetos de uso pessoal. 11
“A doença meningocócica é grave e, apesar de ser incomum, de 2019 a 2022*, foram notificados 1.705 casos no Brasil. Não se vacinar é se expor ao risco do óbito ou de sequelas que irão comprometer a qualidade de vida para sempre.”, conclui a médica.
*Dados parciais até 04/02/2022 12
Sequelas da doença
Pedro Pimenta, economista, palestrante e escritor é sobrevivente da meningococcemia, doença que contraiu aos 18 anos. O empresário de 31 anos, que hoje administra sua própria clínica de reabilitação, passou por quatro processos de amputação, e chegou a ser desacreditado pelos médicos, tendo apenas 1% de chance de recuperação. Ele ressalta a importância da vacinação contra os 5 principais sorogrupos que existem no Brasil o A, B, C, W e Y, como principal fator de prevenção. 4,7,8
“É fundamental que a rotina de vacinação esteja em dia, ainda mais contra a doença meningocócica. Eu sobrevivi, mas todo o processo de recuperação foi muito difícil e poderia ter sido evitado se eu tivesse tomado corretamente todas as doses da vacina”, afirma.
Sobre a GSK
A GSK é uma biofarmacêutica multinacional que tem como propósito unir ciência, tecnologia e talento para vencer as doenças e impactar a saúde global. A companhia pesquisa, desenvolve e fabrica vacinas e medicamentos especializados nas áreas de Doenças Infecciosas, HIV, Oncologia e Respiratória/Imunologia. No Brasil, a GSK é líder em Vacinas, HIV e na área Respiratória, onde há mais de 110 anos atua transformando a saúde dos brasileiros.
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Referências: