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13/09/2022 às 16h30min - Atualizada em 14/09/2022 às 00h01min

Psicóloga da Una enfatiza importância da campanha do Setembro Amarelo na prevenção ao suicídio

No Brasil, 38 pessoas se suicidam por dia; psicóloga e professora do curso de Psicologia da Una fala sobre causas, sinais e ações de prevenção ao suicídio.

SALA DA NOTÍCIA Beatriz Ortiz | Assessora de imprensa da Una Itumbiara

Foto: Palestra para Professores.
A Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e o Conselho Federal de Medicina (CFM) lançaram, neste mês, pelo 8º ano consecutivo, a campanha do Setembro Amarelo, cujo objetivo é prevenir e reduzir os números de suicídio. Neste ano, a campanha, que existe desde 2014, tem como lema: “A vida é a melhor escolha!” e diversas ações já estão sendo desenvolvidas em todo o mundo.

O suicídio é uma questão de saúde pública em todos os países. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 700 mil pessoas morrem por suicídio no mundo a cada ano, sendo essa a quarta maior causa de óbitos entre jovens de 15 a 29 anos de idade, depois de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal. No Brasil são, em média, 14 mil suicídios por ano, o que equivale a 38 óbitos por dia.


A cartilha “Suicídio: Informando para prevenir”, realizada pela ABP, registra que “o suicídio é um comportamento com determinantes multifatoriais e resultado de uma complexa interação de fatores psicológicos e biológicos, inclusive genéticos, culturais e socioambientais”. De acordo com ela, pessoas que já tentaram se suicidar e/ou que têm transtornos mentais não diagnosticados, não tratados ou não tratados de forma adequada têm mais tendência a tirar a própria vida.

Além desses fatores de predisposição, a psicóloga e professora do curso de Psicologia da Una Itumbiara - integrante do Ecossistema Ânima -, Wellita de Oliveira Cavalcante, aponta que os profissionais de saúde, familiares e amigos devem ficar atentos a sinais como mudanças de comportamento, insatisfação com a vida, falta de prazer e bem-estar no dia-a-dia e isolamento social.
“A nossa sociedade, hoje, vende a ideia da felicidade: de um mundo perfeito, de uma vida perfeita. O Instagram, por exemplo, é uma vitrine de pessoas perfeitas, bonitas e bem-sucedidas, o que acaba gerando, principalmente nos jovens, uma cobrança que chamamos de ‘demanda do outro’. Ou seja, o ‘outro’ cobra que, aos 25 anos de idade, já se tenha sucesso, carreira profissional estabilizada, relacionamento afetivo estável… e aí, quando a pessoa não consegue cumprir com essas expectativas do ‘outro’, ele se considera inútil e menor do que o ‘outro’, até que a vontade de morrer vem”, explica a professora.

A família e os amigos podem oferecer suporte por meio da escuta qualificada e do fortalecimento da autoestima. Como ressalta Cavalcante, “é importante mostrar para a pessoa que ela é amada do jeito que é e que ela pode ser feliz com os defeitos, erros, imperfeições e fracassos que tem”.

Além disso, é crucial que pessoas com comportamento suicida procurem ajuda médica especializada. “O psicólogo não vai julgar, apontar defeitos, dar conselhos ou falar se você está certo errado. É uma pessoa que vai ajudar você a se conhecer melhor - e o autoconhecimento abre portas para a gente viver melhor”, finaliza a psicóloga.


Ações psicoeducativas na Una

O dia 10 de setembro é marcado pelo Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. A data foi criada pela OMS em 2003 e faz referência à morte, por suicídio, do estudante Mike Emme, de 17 anos, nos Estados Unidos, em 1994. No funeral de Emme, familiares e amigos montaram uma cesta de cartões e fitas amarelas com a mensagem: “Se precisar, peça ajuda”. A ação ganhou grandes proporções e se expandiu pelo país e pelo mundo.

Na última sexta-feira (9), estudantes do curso de Psicologia da Una,  em Itumbiara, fizeram um trabalho psicoeducativo na unidade. Eles passaram em todas as salas de aula para falar sobre a campanha do Setembro Amarelo e se colocaram à disposição caso alguém precisasse de ajuda. “Os estudantes dos outros cursos ficaram muito sensibilizados e emocionados com essa ação, porque ainda é um tabu falar sobre o suicídio”, ressalta Cavalcante.


Sobre a Una

Com 60 anos de tradição em ensino superior, o Centro Universitário Una, que integra o Ecossistema Ânima, oferece mais de 60 opções de cursos de graduação. Está entre os melhores centros universitários do país, pelo MEC, e é destaque na edição 2019 do Guia da Faculdade, iniciativa da Quero Educação com o jornal O Estado de São Paulo. Pelo ranking, a maioria dos seus cursos foi classificada positivamente com 4 e 5 estrelas. A instituição preza pela qualidade acadêmica e oferece projetos de extensão universitária que reforçam seus pilares de inclusão, acessibilidade e empregabilidade. 


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