O Brasil é um país laico, ou seja, o Estado não permite a interferência de correntes religiosas em assuntos estatais, tampouco privilegia alguma determinada religião, assim qualquer cidadão brasileiro tem o direito a escolher qual doutrina irá seguir ou se não terá religião. Apesar disso, é bastante comum que crianças e adolescentes sejam criados em famílias religiosas e que queiram que os filhos sigam a doutrina dos pais. Tal fato, pode afetar o desenvolvimento daquele ser, que não conseguirá desenvolver toda a sua potencialidade.
“Para que um indivíduo seja capaz de desenvolver toda a sua potencialidade, precisará estar inserido em um ambiente que apresente condições favoráveis que permitirão a sua plena expressão. Esse ambiente precisa proporcionar uma atmosfera acolhedora que permita desenvolver a sensação interior de segurança e liberdade, capaz de assegurar que o indivíduo tenha a possibilidade de ter sentimentos e pensamentos próprios, ou seja, a capacidade de revelar-se naturalmente”, explica o psicanalista Felipe Chaves em seu livro “Doenças Oriundas da Religião”. Estudando a mente humana há mais de 20 anos, Felipe Chaves traz em sua obra explicações sobre o tema da religião relacionado a neuroses e mazelas psíquicas que o indivíduo poderá desenvolver.
Por elucidar a respeito do desenvolvimento humano desde a fundação da civilização, o livro fornece ferramentas para que cada leitor possa, por si só, encontrar meios de desmantelar o próprio superego e, com isso, livrar-se das neuroses e das mazelas psíquicas tão recorrentes na atualidade, como depressão, bipolaridade, ansiedade etc.
Desta maneira, além de adquirir um sólido conhecimento a respeito do funcionamento da mente humana, o leitor adquirirá meios para reencontrar o caminho para a própria espontaneidade, libertando-se das amarras morais que o adoecem. “O conhecimento sobre o funcionamento da mente humana é fundamental para ser capaz de viver uma vida sem as interferências das doenças mentais e psíquicas. Quando estudamos psicanálise, estamos estudando sobre nós mesmos. Aprendemos que, desde o nosso nascimento, nossas relações visam minar nossa espontaneidade, nos transformando em neuróticos. Ao dissecarmos todos os eventos capazes de frustrar o que é espontâneo em nós, reencontramos o caminho da auto-realização”, conclui Felipe Chaves.