Presente no Global Summit Telemedicine & Digital Health, a Telavita, clínica digital de saúde mental, apresentou ao público diferentes aspectos do cuidado com a saúde mental no tratamento à distância. Organizado pela Associação Paulista de Medicina (APM), em parceria com o Transamérica Expocenter, o evento está sendo realizado em São Paulo até esta quinta-feira e conta com a participação de grandes players do mercado.
A psicóloga e cofundadora da Telavita, Milene Rosenthal, apresentou um painel sobre "Os benefícios do cuidado integrado de saúde mental para pessoas e organizações", exibindo ao público o Programa de Saúde Emocional (PSE) desenvolvido pela clínica. Durante o programa, o paciente passa por uma avaliação da saúde mental, faz acompanhamento psicológico e tem também suporte educacional. “Temos tido uma avaliação bastante positiva do PSE, notando uma melhora de 77% na autoavaliação dos pacientes após o início do tratamento”, disse Milene.
Segundo a psicóloga, o PSE tem demonstrado que, a partir de uma única consulta, já é possível ver um impacto positivo na saúde mental do paciente e que, com cinco ou seis consultas, esse impacto é ainda mais efetivo. “Damos ao paciente uma visão mais clara do tratamento, pois ele tem um tempo determinado, com começo, meio e fim. Isso também afeta de forma positiva os resultados”.
Já o psiquiatra e diretor médico da Telavita, Quirino Cordeiro, apresentou o tema “Sinistros de saúde mental pós-pandemia e como atuar e gerenciar os riscos”. “Durante a pandemia, em um primeiro momento, houve redução das consultas em saúde mental e, consequentemente, piora clínica de pacientes que já tinham quadros psiquiátricos. Surgiu, então, uma demanda reprimida de tratamento e agora essa demanda vem sendo atendida, com a ajuda da telepsicologia e telepsiquiatria”, afirmou o médico, destacando o aumento no número de consultas da Telavita, que hoje faz mais de onze mil atendimentos mensais.
Quirino afirmou que o tratamento psicológico e psiquiátrico feito à distância contribuiu para a melhora da saúde mental, já que assim foi possível atingir pessoas onde o número de profissionais da área é escasso. “Algumas regiões do país têm uma demanda maior do que os profissionais locais podem atender. Com a teleterapia, conseguimos mudar esse panorama, já que não é preciso que o profissional esteja na mesma cidade que o paciente. Isso é extremamente importante para a melhora da saúde mental da população”, finalizou.