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02/12/2022 às 10h21min - Atualizada em 04/12/2022 às 00h02min

HPV: o risco de não vacinar

Ainda rodeado de preconceitos, o vírus se alastra com facilidade. As taxas de imunização são muito baixas.

SALA DA NOTÍCIA Assessoria Uninter
Banco de imagem - Freepik


Por Alessandro Castanha da Silva (*)

O câncer de colo de útero ocupa atualmente no Brasil a terceira posição entre os casos de câncer na população feminina e quarto em casos de mortes causadas por câncer em mulheres. Os números são alarmantes, pois atualmente o risco estimado é de 15,38 casos para 100 mil mulheres, segundo o Instituto Nacional do Câncer, podendo chegar a 435 mil até 2030.

Se considerarmos a importância do exame preventivo, que deve ser realizado anualmente, e o advento da vacina contra o vírus HPV, esses números tendem a não se concretizarem. Porém, estudos recentes apontam que 43% da população feminina não realiza a vacinação, aumentando o risco de adquirir o vírus.

A vacinação tomada como medida preventiva evita o desenvolvimento do papilomavírus humano de tipos oncogênicos, ou seja, causador de tumores. A infecção por esse tipo de vírus é muito frequente na forma de verrugas genitais, lesões pré-cancerosas, além do câncer de colo de útero, vulva, vagina ou ânus. A vacina não trata a infecção por HPV, mas age estimulando o corpo a criar anticorpos necessários para combater a doença.

Sendo assim, uma das principais formas de evitar a contaminação é pela imunização com a vacina “HPV quadrivalente”, a qual é indicada para o sexo feminino com idade entre 9 a 45 anos, e sexo masculino entre 9 a 26 anos. A Sociedade Brasileira de Imunizações indica que pessoas fora dessa faixa, além de pessoas portadoras de HIV, transplantados ou em tratamento de câncer, também podem ser vacinadas, desde que seja indicado por meio de prescrição médica.

Desde o ano de 2014, a vacina quadrivalente, que atua contra os quatro principais tipos de HPVs encontrados no Brasil, está disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde – SUS. Outros tipos de vacina com uma abrangência maior contra outros tipos de cepas de HPV podem ser encontrados na rede particular de vacinação.

É importante ressaltar que alguns grupos não podem receber a vacina por condições especiais, como: mulheres gravidas, alérgicos a componentes da vacina, doença aguda e com febre, trombocitopenia (diminuição de plaquetas) e pessoas com problemas de coagulação sanguínea.


*Alessandro Castanha da Silva é biólogo, especialista em Microbiologia Clínica. Professor da Escola Superior de Saúde do Centro Universitário Internacional Uninter.
 
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