07/12/2022 às 17h29min - Atualizada em 08/12/2022 às 00h02min
Novembro Azul alerta sobre importância da prevenção para aumentar sucesso do tratamento de câncer de próstata
Mês de conscientização da doença estimula a necessidade do monitoramento e a adesão ao tratamento; Em 2022, rol da ANS incorporou novos medicamentos para tratar a doença
SALA DA NOTÍCIA Carina Eguia
Janssen
Divulgação São Paulo, novembro de 2022 – De acordo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), para cada ano do triênio 2020-2022, são diagnosticados 65.840 novos casos de câncer de próstata no Brasil.[i] São dados que preocupam e exigem uma ação proativa dos homens na prevenção e diagnóstico da doença, principalmente porque a pandemia afastou essa população dos exames periódicos. Neste cenário, campanhas de conscientização como o Novembro Azul se tornam ainda mais relevantes e necessárias. Em virtude da pandemia, muitos pacientes deixaram de fazer acompanhamento médico, como aponta a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).[ii] Segundo o último levantamento do Ministério da Saúde, a pedido da entidade, diagnósticos, internações e cirurgias de câncer de próstata diminuíram em 2020 e 2021 na comparação com o ano de 20192 Os dados revelam que já no primeiro ano da pandemia, 2020, houve uma redução de 21,5% das cirurgias para retirada da próstata por câncer. Além disso, a coleta de PSA e de biópsia da próstata, que junto com o exame de toque retal diagnosticam a doença, tiveram quedas na ordem de 27% e 21%, respectivamente.2 “Sabemos que a Covid-19 teve grande impacto na procura dos pacientes por serviços de saúde, resultando numa diminuição de casos diagnosticados. Por isso a Janssen está engajada neste importante momento de conscientização para informar e munir as pessoas de conhecimento, alertando sobre a importância da prevenção, diagnóstico e tratamento”, explica Fabio Lawson, Diretor Médico na Janssen Brasil. De acordo com o Dr. Alfredo Félix Canalini, presidente da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) o objetivo da entidade é conscientizar os homens sobre a necessidade dos cuidados com a própria saúde de forma rotineira, e não somente quando aparece algum problema. “Além da divulgação dos hábitos para se ter uma vida saudável, também informamos que, em sua fase inicial, muitas doenças são totalmente assintomáticas, mas que podem ser diagnosticadas e tratadas mais facilmente com exames periódicos de check-up. O câncer da próstata é o melhor exemplo disso”, ressalta o médico. Em alguns casos, o tumor da próstata pode crescer de maneira rápida, espalhando-se para outros órgãos, o que aumenta a gravidade da doença. Na maioria das vezes, porém, cresce de forma lenta e não apresenta sintomas, tendo uma evolução silenciosa. Quando há manifestações nessa fase inicial, normalmente são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata (dificuldade de urinar ou vontade de urinar mais vezes).[iii] “É por isso que a prevenção é tão importante. Manter o acompanhamento do PSA e vistas periódicas ao urologista aumenta muito as chances de sucesso do tratamento, já que vai antecipar o diagnóstico”, afirma Dr. André Sasse, oncologista fundador do Grupo SOnHe, Sasse Oncologia e Hematologia. Já na fase mais avançada, quando há metástase, o paciente pode apresentar dor óssea, sintomas urinários ou, quando mais grave, infecção generalizada ou insuficiência renal.3 Segundo o especialista, a evolução do câncer de próstata metastático causa vários impactos emocionais e sociais negativos nos pacientes e em seus cuidadores. “A maioria dos pacientes relata sentir fadiga/cansaço, disfunção sexual, dor e incontinência e cerca de dois terços alegam abalo em seus relacionamentos com outras pessoas”, esclarece Sasse. “A progressão para estágios mais avançados do câncer de próstata tem uma repercussão substancial na vida dos pacientes. Por isso é importante tratar o tumor metastático sensível à castração antes que atinja o nível de maior gravidade”, afirma o especialista. Adiar o tratamento do câncer de próstata metastático aumenta o risco de desenvolver sintomas debilitantes e complicações. Entendendo a doença O câncer de próstata é o câncer mais incidente entre os homens, excluindo os tumores de pele não melanoma, representando 29,2% dos eventos diagnosticados. Homens com mais de 55 anos, com excesso de peso e obesidade, estão mais propensos à doença.[iv] No entanto, cerca de 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos.[v] A próstata é uma glândula que só o homem possui, que se localiza na parte baixa do abdômen e envolve a porção inicial da uretra, tubo pelo qual a urina armazenada na bexiga é eliminada. A próstata é responsável por produzir parte do sêmen, líquido espesso que contém os espermatozoides, liberado durante o ato sexual.4 O câncer de próstata é silencioso e assintomático na maioria das vezes.[vi] Muitos pacientes, quando apresentam sintomas, têm sinais como dificuldade de urinar, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite[vii]. Na fase avançada, a doença pode provocar dor óssea, sintomas urinários ou, quando mais grave, infecção generalizada ou insuficiência renal.[viii] Tratamentos Entender o estágio do tumor é importante para que o médico defina o melhor tratamento. No caso da doença localizada (que só atingiu a próstata e não se espalhou para outros órgãos), cirurgia, radioterapia e até mesmo observação vigilante (em algumas situações especiais) podem ser oferecidos. Quando o tumor é localmente avançado, radioterapia ou cirurgia em combinação com tratamento hormonal têm sido utilizados. Já para a fase metastática (quando a malignidade já se espalhou para outras partes do corpo), o tratamento mais indicado é a terapia hormonal.[ix] Vale lembrar que esse ano a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) incluiu novos medicamentos orais para o tratamento da doença no rol de cobertura dos planos de saúde, aumentando a gama de opções terapêuticas disponíveis para os usuários da saúde suplementar.[x] “Agora os pacientes de câncer de próstata que têm acesso aos convênios médicos podem contar com terapias mais modernas, como medicamentos via oral, por exemplo, que possibilitam o tratamento em casa, evitando o deslocamento para clínicas ou hospitais, além de aumentarem a qualidade de vida e proporcionar impacto positivo no bem-estar físico e emocional”, afirma Lawson. “A escolha do tratamento mais adequado deve ser individualizada e definida após médico e paciente discutirem os riscos e benefícios de cada um”, conclui. [vi] Alpajaro SIR, Harris JAK, Evans CP. Non-metastatic castration resistant prostate cancer: a review of current and emerging medical therapies. Prostate Cancer Prostatic Dis. 2018 Aug.