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16/12/2022 às 11h36min - Atualizada em 19/12/2022 às 00h02min

Exportações de dispositivos médicos das empresas ligadas ao BHD crescem 15,8% no ano, alcançando o montante de US$ 86,27 milhões

Entre as associadas ao BHD, 72 empresas apresentaram crescimento nas exportações em 2022

SALA DA NOTÍCIA Saúde News


As empresas de dispositivos médicos associadas ao Brazilian Health Devices, projeto setorial da ABIMO - Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos, em parceria com a ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), encerraram 2022 com um volume de exportações de US$ 86,27 milhões, representando um crescimento de 15,8% na comparação com o desempenho do mesmo período do ano passado.

A performance positiva está atrelada a diferentes fatores. O primeiro deles é que as feiras internacionais foram retomadas após os picos mais densos da pandemia de covid-19. Com isso, as fabricantes brasileiras conseguiram incorporar seus produtos às principais vitrines mundiais.

Larissa Gomes, gerente de projetos e marketing internacional da ABIMO, relembra ainda de outros pontos que também podem ter influenciado o desenvolvimento do segmento. “Um dos motivos foi o excelente desempenho do setor no fornecimento de produtos para combater a covid-19, contribuindo com a cadeia global. Esse cenário alavancou a representatividade da nossa fabricação interna, que mostrou ter alta qualidade e ótimo custo-benefício. Além disso, não podemos esquecer que, este ano, vivenciamos o retorno de demandas represadas por outros produtos que não estavam relacionados à pandemia”, explica.

Os números do projeto são bastante representativos. Entre as associadas ao BHD, 72 empresas apresentaram crescimento nas exportações em 2022 e quatro passaram a exportar ou retomaram as exportações que estavam paradas há alguns anos.

Presença nos principais eventos internacionais
Ao longo de 2022, o BHD organizou pavilhões brasileiros em oito feiras de grande repercussão internacional. No primeiro semestre, as empresas viajaram para Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, para apresentar seus produtos durante a Arab Health, a AEEDC e a Medlab. Já no segundo semestre, o projeto se fez presente na FIME e na AACC, ambas realizadas nos Estados Unidos; na IDEM, em Singapura; e na Rehacare e na MEDICA, que aconteceram na Alemanha.

Com essas participações que envolvem todas as verticais representadas pela ABIMO, as participantes geraram mais de US$ 11,5 milhões em negócios. Porém, devido aos inúmeros contatos e prospecções que ocorrem durante esses eventos expositivos, a perspectiva total foi de consolidar mais US$ 58,4 milhões nos doze meses seguintes aos eventos.

Paralelamente à participação nas feiras, o projeto também realizou outras ações como missões prospectivas e comerciais no Egito e o Projeto Comprador, focado na comercialização de dispositivos médicos no território latino-americano.

Ações e perspectivas para 2023
“O desempenho das exportações do setor foi contínuo ao longo dos meses de 2022 e esperamos um cenário similar no próximo ano”, relata Larissa, enfatizando que a tendência é ver o Brasil ampliando sua representatividade no mercado global.

Em 2023, as empresas associadas ao BHD seguirão podendo participar dos pavilhões nacionais nas principais feiras globais do setor e o projeto analisa a ampliação do calendário, agregando também outras exposições, a exemplo da Africa Health e da IDEX. Estão sendo planejadas também missões comerciais e rodadas de negócios com representantes do México e do mercado africano ainda no primeiro semestre.

Externamente, é importante enfatizar as ações que estão em curso e prometem impulsionar as fabricantes brasileiras no mercado externo. Durante o processo eleitoral realizado no segundo semestre deste ano, ABIMO, ABIMED (Associação Brasileira da Indústria de Tecnologia para a Saúde) e ABRAIDI (Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Produtos para Saúde) se uniram para o desenvolvimento de uma Proposta de Política Industrial (PPI) para o setor de dispositivos médicos.

Entre os diversos pontos apresentados neste documento, um deles diz respeito ao fortalecimento da imagem da indústria nacional como provedora de soluções, tecnologia e produtos na América Latina. “A proposta foi entregue às equipes de transição do novo governo e temos a expectativa de que muitas das demandas ali apresentadas sejam trabalhadas. Além do fortalecimento da nossa imagem no mercado global, outros pontos apresentados no projeto também contribuem com a internacionalização das nossas fabricantes por estimularem a inovação, o acesso ao crédito e a convergência regulatória”, explica Larissa.

Expectativa para renovação do convênio
O Brazilian Health Devices foi iniciado há duas décadas e bienalmente ocorrem as renovações do convênio entre a ABIMO e a ApexBrasil. Em 2023, os times se reunirão para discutir o biênio 2023/2025. Além do resultado positivo das empresas participantes, que aumentaram consideravelmente suas exportações neste ano, é importante enfatizar que o projeto vem ganhando novas proporções no país. “No atual convênio, recebemos a associação de 15 novas indústrias de dispositivos médicos interessadas na internacionalização de seus produtos”, conta Larissa. Para 2023, o BHD seguirá focado em agregar mais empresas com potencial exportador.
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