Em novembro de 2022, o estado de Santa Catarina alcançou a marca de 1,63 milhão de beneficiários de planos médico-hospitalares. Em análise feita pela Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) com base nos dados divulgados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o estado teve crescimento de cerca de 78 mil beneficiários nos planos médico-hospitalares, em comparação a novembro de 2021, o equivalente a um aumento de 5%.
No âmbito nacional, o número de beneficiários de planos médico-hospitalares em novembro de 2022 atingiu a marca de, aproximadamente, 50,3 milhões. Houve crescimento de cerca de 1,64 milhão de beneficiários nos planos médico-hospitalares, em comparação a novembro de 2021, o equivalente a 3,4% de aumento. No comparativo entre novembro e outubro de 2022, o crescimento foi de 127 mil usuários.
Os planos coletivos, responsáveis por 82% do total de planos médico-hospitalares contratados, se dividem entre os empresariais – que, em geral, são oferecidos pelas empresas a seus colaboradores – e os de adesão, pelos quais associações de classe reúnem e ofertam planos a seus associados. Na análise da Federação, o resultado reflete em parte a redução da taxa de desemprego no 3° trimestre de 2022, de 12,1% para 8,3% na comparação com o mesmo trimestre de 2021, sendo a menor para o período desde 2014 (6,7%), conforme aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada em novembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A entidade analisa que os números reforçam, também, o interesse do brasileiro pelo plano de saúde, movimento catalisado pela pandemia e que continua posteriormente ao período mais crítico. Pesquisa realizada no final de 2021, encomendada pela FenaSaúde ao Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE), aponta que o plano de saúde está entre os três principais itens de desejo do brasileiro, atrás da compra da casa própria e realização de investimentos financeiros. Os resultados da pesquisa indicam que o acesso seguro à saúde é o que 39% dos entrevistados buscam ao contratar planos, em seguida, vem a rapidez no atendimento (24%), seguido pela tranquilidade em contar com a assistência privada (13%).
Com 26% da população coberta por planos médicos, a Federação aponta que ainda há espaço para o setor crescer. "A principal missão dos planos de saúde é ampliar o acesso à saúde no país, com sustentabilidade e segurança. Para isso, uma série de mudanças são necessárias, como a modernização do marco regulatório do setor e o controle de custos em saúde, que recai sobre as mensalidades e acaba dificultando o acesso de parte da população aos planos", explica Vera Valente, diretora-executiva da FenaSaúde.