O mercado fitness movimenta uma porcentagem significativa da economia global. Para se ter ideia, só em 2019 foram US$ 64,9 bilhões, considerando apenas os 10 países que mais prosperam no setor, segundo dados da International Health, Racquet & Sportsclub Association (IHRSA). A receita cresce a uma média anual de 8,7% no mundo.
Felizmente o Brasil está entre um dos países mais promissores, apresentando faturamento de US$ 2,1 bilhões em 2019, como o terceiro maior das Américas, atrás apenas dos EUA e do Canadá (com receita de US$ 30 bilhões e quase US$ 3 bilhões respectivamente), ainda de acordo com a IHRSA.
Outro número que chama a atenção é a quantidade de academias presentes no país. São 35 mil unidades oficiais, o que coloca o Brasil como a segunda nação com mais academias do mundo – a primeira é novamente os Estados Unidos, com 40 mil unidades.
Apesar da margem expressiva, a fatia da população brasileira que utiliza as academias e centros esportivos não passa de 5% e de acordo com a OMS, 47% dos brasileiros não praticam atividade física, o que impressiona, mas também evidencia o potencial de crescimento do setor fitness no país.
Foi atenta às tendências deste mercado que Marijana Marjanovic, croata crescida na Alemanha, criou a e.body em 2017, como uma solução para quem não gosta e não consegue se adaptar às academias convencionais, seja por falta de tempo, por condição de saúde ou porque não gosta do ambiente. A rede de estúdios fitness combina tecnologia e exercício físico. Utilizando apenas o peso do próprio corpo aliado a eletroestimulação dos músculos para potencializar os exercícios, a técnica garante resultados rápidos, seja o alívio de dores, emagrecimento ou ganho de massa muscular, com aulas de 20 minutos apenas 2x por semana.
Com a técnica da e.body e o acompanhamento do personal trainer, neste curto espaço de tempo, é possível treinar o corpo todo de uma só vez. A tecnologia da eletroestimulação causa a contração involuntária dos músculos, fazendo com que mais de 90% das fibras musculares sejam ativadas e aumentando a eficiência do treino em 3x se comparado aos treinos convencionais.
Marjanovic, fundadora e CEO, conta que a ideia surgiu após ela decidir buscar um novo propósito e largar a estável carreira no mercado financeiro na Alemanha. Ao passar uma temporada no Brasil, ela sentiu falta de frequentar os chamados EMS Studio (estúdio de estimulação muscular eletrônica em tradução livre), bastante comuns na Alemanha, e notou que por aqui a técnica, com origem na fisioterapia e medicina esportiva, ainda não era muito popular.
"É um conceito novo que atende às necessidades das pessoas de hoje em dia. Pessoas que reconhecem a importância do exercício físico para ter mais saúde e bem-estar, mas levam uma vida muito corrida, com pouco tempo para se cuidar e não conseguem praticar uma atividade regularmente. Nossa missão é tirar essas pessoas do sedentarismo, entregando um treino de alta tecnologia em um ambiente diferenciado e aconchegante, sempre com foco no resultado e valorizando o tempo de cada um”, explica a CEO.