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07/02/2023 às 16h37min - Atualizada em 08/02/2023 às 08h00min

Terapia viral inovadora melhora chances de cura do câncer de bexiga

Novo tratamento atinge células tumorais específicas e evita danos as células saudáveis, o que torna o procedimento menos invasivo

SALA DA NOTÍCIA Redação
(Foto: Reprodução/Bruno Benigno)


Uma nova alternativa de cura para o câncer de bexiga acaba de ser descoberta e anima o mundo científico. De acordo com o Inca, aproximadamente 11.000 pessoas serão diagnosticadas com a doença no Brasil em 2023.   

O BCG (Bacillus Calmette-Guerin) é geralmente o tratamento padrão utilizado. Menos invasivo, é usado para reduzir o risco de recorrência do câncer de bexiga. A terapia é muito eficaz em pacientes que possuem baixo risco de progressão. Entretanto, um número significativo de pacientes não responde à terapia com o BCG, deixando-os com poucas opções de tratamento eficazes.  

A boa notícia é que há uma outra opção agora para quem é resistente ao BCG. Recentemente foi aprovado nos Estados Unidos, por meio de um estudo clínico de fase lll, resultados promissores para o uso de Adstiladrin (rAd-INFa/syn3) em pacientes com câncer de bexiga não invasivo e não muscular resistente ao BCG.   

O Adstiladrin é um vetor adenovírus não replicante contendo IFN α2b recombinante com atividade antitumoral. Ou seja, o Adstiladrin transforma as próprias células da parede da bexiga do paciente em micro fábricas de interferons, estimulando a atividade do sistema imunológico. Dr. Bruno Benigno, um dos chefes de Urologia do Centro de Oncologia e Urologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (SP) explica que desta forma, há um aumento das defesas naturais do corpo contra o câncer. “A introdução do medicamento acontece como no BCG, através de um cateter na bexiga, porém uma vez a cada três meses”, completa. 
 


Doutor Bruno Benigno, Urologista e Oncologista (Foto: Reprodução/Bruno Benigno)   
 

O estudo incluiu a avaliação de efeitos colaterais e o risco de retorno da doença. De acordo com os pesquisadores, o medicamento foi bem tolerado e não foram relatados efeitos colaterais graves ou mortes em decorrência do tratamento.   

Ainda assim, segundo Benigno, a nova terapia não é aprovada para todos os pacientes com câncer de bexiga e o BCG continua sendo o tratamento padrão com as maiores taxas de resposta. Mas é uma ótima opção para quem não responde à terapia com a BCG. Benigno ressalta que o novo tratamento ainda não está disponível no Brasil, mas estima-se que demore cerca de um ano e meio para ser aprovado no país.   

 

Dr. Bruno Benigno  

Desde 2017 é um dos chefes de Urologia do Centro de Oncologia e do Centro de Urologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (SP), é fundador da Clínica Uro Onco em São Paulo, é especialista no tratamento do câncer do sistema urinário (masculino e feminino) e sistema reprodutor masculino, no tratamento do câncer de próstata, rim, bexiga, testículos e cálculos do sistema urinário. Benigno tem subespecialização em Cirurgia Robótica, Laparoscopia e Terapia Focal (HIFU).   

  

Youtube | Videocast Doutor Bruno Benigno   
Instagram | @dr_benigno  
Facebook | Bruno Benigno  
Blog | Uro Onco   

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