No Brasil, diversas instituições de saúde investigam o quanto a espiritualidade (não necessariamente a religiosidade) pode influenciar na cura de pacientes. Entre elas, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), o Instituto de Psiquiatria (IPq) da USP, por meio do Programa de Saúde, Espiritualidade e Religiosidade (Proser), e a Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), com o Núcleo de Pesquisas em Espiritualidade e Saúde (Nupes).
Para essas instituições, o bom estado de espírito auxilia na cura de doenças físicas e psíquicas, que podem ser agravadas a partir de sentimentos ruins e pensamentos destrutivos.
De acordo com o psicanalista e professor de Ciências Espirituais, Cássio Guimarães, a espiritualidade é um fator preponderante da saúde humana .“Esta é a conexão entre cérebro e coração. Logo, quando não há essa conexão, existem desequilíbrios hormonais e até mesmo de saúde. Não é possível ter uma qualidade de vida longe da espiritualidade”, diz o psicanalista.
Para ele, o bom estado de espírito oferece qualidade de vida para qualquer pessoa. Com mais de 30 mil alunos por todo o mundo e com seu perfil no instagram @cassioguimaraesm, o psicanalista fala todos os dias para seus mais de 400 mil seguidores e defende a busca por um propósito de vida. “Alcançar essa harmonia espiritual, é sem dúvida o caminho para a uma vida mais saudável”, conclui.
O especialista Neurociência Básica, além de especialização em Neurociência e Comportamento diz que é possível atingir o equilíbrio espiritual e alcançar o sucesso em todas as áreas da vida através de práticas como repetição de novos paradigmas e reconexão com a essência de cada indivíduo.
Estudo comprovado mundialmente
Já nos Estados Unidos, a Escola de Medicina de Stanford, as Universidades Duke, a da Flórida, a do Texas e Columbia mantêm centros de estudos exclusivos sobre o assunto, assim como a Universidade de Munique, na Alemanha, a de Calgary, no Canadá, e o Royal College of Psychiatrists, no Reino Unido.
De acordo com os centros de estudos, a espiritualidade impacta significativamente a saúde e o bem-estar de qualquer pasciente, levando a diminuir o risco de mortalidade, depressão, suicídio, uso de drogas, ou até mesmo, internações e medicamentos.
A espiritualidade se diferencia da religião, ou seja, uma pessoa pode ser espiritualizada, mas não segue nenhuma religião e pode ser até ateu, de acordo com as pesquisas.
Os estudos concluem que a espiritualidade estaria ligada à busca pessoal de um propósito de vida e de uma transcendência, envolvendo também as relações com a família, a sociedade e o ambiente.