A gengivite, doença provocada por uma série de inflamações e sangramentos principalmente na parte de cima dos dentes e por sangramentos na boca, tendo em vista um mau quadro de higiene bucal, é motivo de 90.500 mil buscas mensais.
A informação é da plataforma Semrush, uma das maiores do mundo, e ajuda a entender o comportamento das pessoas no Google, e é um indicativo de eventuais problemas que os usuários estejam passando e estão procurando informações para resolvê-los.
De acordo com o Ministério da Saúde, a doença é considerada comum no Brasil, mas tem características perigosas. Segundo a pasta, 2,2 milhões de brasileiros na fase adulta sofrem de gengivite.
Além disso, para o Google Trends, plataforma que analisa os assuntos mais importantes do momento na rede, Pernambuco foi o estado que mais pesquisou sobre a doença no último ano.
A principal causa da gengivite está na falta de cuidado com a saúde bucal, principalmente quando estamos falando de dentes de difícil acesso na escovação regular.
Com o passar do tempo, os germes que ficam ali recolhidos vão formando placas bacterianas que provocam irritações, sangramentos e inflamações no tecido da gengiva.
Diante disso, vale lembrar que, de acordo com estudo da Oral-B, o brasileiro tem em média 1 escova por ano, o que diminui a eficácia da escovação feita por ela. Por isso, é recomendado que as pessoas procurem também fazer uso do fio dental e manterem contato sempre com um profissional, indicado pela família, amigos ou pelo plano dental.
De acordo com os especialistas, a gengivite pode ser classificada em 04 níveis: Incipiente, Moderada e Severa.
O primeiro quadro é conhecido por provocar uma mudança na cor e na textura na gengiva, que enfrenta leves inflamações e vermelhidões localizadas, ainda sem sangramentos.
Com isso, a fase moderada tem como característica o aumento das inflamações, fazendo com que a região tenha um aspecto mais brilhante e pelo aumento de sangramentos.
Em seu estágio mais severo, os sangramentos são mais graves/comuns, até mesmo com toques leves na região.
Dados do Ministério da Saúde apontam que 88% das pessoas que têm gengivite não sabem que são portadores da doença. O fato da gengivite ser uma doença silenciosa, fazendo com que a maioria das pessoas não saibam que tem esse mal pode trazer sérias consequências no futuro.
Caso não seja tratada, a gengivite pode evoluir para um quadro de periodontite, 2° maior doença bucal do planeta e que 47% da população mundial acima dos 30 anos.
Em entrevista para a BBC News em julho de 2022, Sim K Singhrao pesquisador sênior da escola de odontologia da University of Central Lancashire, contou que a doença não é perceptível até os 40 ou 50 anos, diz.
“A essa altura, danos graves já podem ter prejudicado a arquitetura do dente, arriscando a perda do dente. Enquanto isso, a infecção enviou um gotejamento constante de bactérias, como Treponema denticola e Porphyromonas gingivalis , pela corrente sanguínea por décadas”, aponta o docente.
Para os profissionais da área, a melhor forma de tratar a gengivite é a cuidar (ou reforçar) os cuidados com a sua saúde bucal. Afinal de contas, é manter uma boa rotina de higiene bucal. Afinal, as placas bacterianas que provocam a doença são provocadas por falhas no processo de escovação e de limpeza com o fio dental.
Se as inflamações persistirem, o mais indicado é que o paciente procure o dentista mais próximo. Somente ele poderá indicar o melhor tratamento, sem achismos ou imprudências!