Pneumologista orienta a população sobre os sintomas e tratamento da tuberculose

A tuberculose é uma doença infectocontagiosa causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis. A forma pulmonar da doença é a mais frequente e de maior relevância para a Saúde Pública, sendo responsável pela manutenção da transmissão do bacilo. 

Apesar de ser uma das enfermidades mais antigas do mundo, a doença encontra-se em estado de emergência global, decretado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) desde 1993, e afeta principalmente as pessoas empobrecidas, vítimas de maiores desigualdades sociais, população privada de liberdade, e também aquelas que estão vivendo com o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV).

A tuberculose continua sendo a doença infecciosa que mais mata no mundo. Segundo a OMS, aproximadamente 10 milhões de casos são registrados todos os anos no mundo A cada dia, mais de 4000 pessoas morrem no nosso planeta em decorrência da doença. O Brasil é responsável por 1/3 dos casos de tuberculose nas Américas. No país, em 2020, foram notificados aproximadamente 69 mil casos novos e 4,5 mil mortes em decorrência da doença.

Apesar de a forma pulmonar ser a mais frequente, a doença pode acometer qualquer órgão ou tecido do organismo humano, como os gânglios linfáticos, ossos, meninges, rins, entre outros. 

“A transmissão da tuberculose pulmonar ou laríngea ocorre de pessoa a pessoa pela via respiratória, quando um indivíduo com tuberculose elimina bactérias pela tosse, espirro ou fala, e essas são inaladas por um indivíduo saudável. Quanto maior a intensidade e a frequência da tosse, o tempo de permanência do indivíduo com tuberculose com os seus contatos (pessoas que vivem no mesmo domicílio, que trabalham ou dividem o mesmo ambiente), e quanto menor a ventilação do local, maior a probabilidade de infecção pelo bacilo.”, informa a médica pneumologista Magda Maruza. 

O principal sintoma da tuberculose é a tosse, que pode vir acompanhada de febre ao final da tarde, suor noturno e emagrecimento. Recomenda-se que todo indivíduo com tosse de duração de 3 ou mais semanas seja investigado para a tuberculose. 

O diagnóstico da doença é realizado pela avaliação clínica do paciente, por exames bacteriológicos e outros exames complementares, que inclui, principalmente, a radiografia do tórax.

Apesar de ser uma doença grave, a tuberculose é curável em praticamente 100% dos casos novos, usando a medicação adequada. O tratamento é gratuito no Sistema Único de Saúde (SUS) e dura, no mínimo, seis meses. Apesar disso, a cada 10 pacientes com tuberculose, pelo menos um abandona o tratamento, deixando a bactéria da tuberculose mais forte, aumenta o risco de transmissão e deixa o tratamento com um maior número de comprimidos, incluindo medicação injetável.

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Magda Maruza é médica pneumologista da Clínica M-tórax – Recife/PE