Dia 8 de abril é comemorado o Dia da Natação. Excelente para a saúde nos mais diversos aspectos, preservando músculos e articulações, ainda existem alguns mitos que afastam possíveis praticantes da modalidade. Atleta e personal trainer Bruno Sapo, criador do TDS (Treino do Sapo) e pioneiro em treinamentos funcionais, listou 5 mitos e 5 verdades sobre o quarto esporte mais praticado no Brasil.
Confira:
- Trabalha o corpo todo e queima muitas calorias: Verdade!
Segundo o profissional, “a natação é uma ótima saída para quem quer um exercício que auxilie no emagrecimento ou busque saúde no geral”. Isso porque a resistência da água faz com que o nadador utilize toda a musculatura do corpo para se mover. Além disso, é um excelente aeróbico. “A vida existe fora da corrida, caminhada e da bike!”
- Se eu fizer natação vou ficar com ombros largos: Mito!
Provavelmente uma das ideias erradas mais propagadas sobre o esporte. De acordo com Bruno, “o nível de treinamento e os anos de prática que atletas de alto rendimento que aparentam ter ombros largos alcançaram são improváveis para praticantes não profissionais”. O personal afirma também que mudanças corporais são naturais de qualquer esporte, mas apenas o alto rendimento define a intensidade desses resultados.
- É bom para quem tem lesões e não pode correr, fazer atividades de alto impacto ou sofre de dores crônicas: Verdade!
Assim como obriga toda a musculatura do corpo a trabalhar, o meio aquático oferece menos impacto nas articulações. “Sendo assim, pode ser uma ótima saída para quem quer continuar treinando, mas sente dores crônicas ou tem alguma lesão articular”.
- “Sou velho para aprender”: Mito!
Pelo contrário! De acordo com Bruno, “adultos e idosos podem aprender a nadar! É claro que uma criança terá mais facilidade, mas nunca é tarde e nada impede de aprender depois”.
- Ótimo pra quem tem problemas respiratórios: Verdade!
Um dos benefícios mais procurados da natação, principalmente para crianças. “Pessoas com asma e bronquite podem se beneficiar da prática e reduzirem os sintomas dessas doenças”.
- “Já estou na água, não preciso me hidratar”: Mito!
Assim como qualquer outro esporte, a hidratação é importante e o profissional explica o porquê: “Mesmo dentro da água, existe perda de líquido, em menor escala pois não nos sentimos transpirar tanto, mas a hidratação continua importante na performance”.
- Melhora do sono, humor e estresse: Verdade!
A atividade física é um santo remédio para transtornos psicológicos e isso você já sabe. A natação é ainda mais poderosa. “Diversos estudos mostram uma melhora geral nesses aspectos. Logo, se você tem problemas para dormir, já acorda de mau humor e passa o dia no estresse do trabalho, pode ser uma ótima saída.”, afirma Bruno.
- “Se eu nado na piscina, consigo nadar no mar”: Mito!
A natureza é imprevisível, logo, assim é o mar. “Existem diferenças básicas na natação na piscina e no mar aberto. Desde o óbvio ‘não tem borda para apoiar’, a fatores climáticos como vento, chuva, ondas e marés. Quem nada na piscina consegue nadar no mar, no entanto, pode encontrar muitas dificuldades. Recomenda-se treinar de forma específica”, alerta.
- Bom exercício para toda a família: Verdade!
Mesmo sendo um esporte individual, a natação é recomendada para toda a família. “Visto que é recomendada de bebês a idosos, a família toda pode fazer. Todos colherão benefícios da prática de diferentes formas”.
Os absurdos do racismo no esporte: “Pessoas pretas nadam pior” é o maior mito entre todos
Entre os mitos mais absurdos criados embasados apenas em posicionamentos racistas e sem conhecimento de causa, está que “pessoas pretas nadam pior”. De acordo com Sapo, a ideia deve-se a problemas sócio econômicos.
“Não se trata de fisiologia. A mesma explicação serve para esportes mais caros, como Golfe e Tênis. Nas grandes metrópoles o acesso às piscinas públicas, com aulas de natação, é pequeno e não incentivado. Pode ser ainda pior em lugares sem acesso ao mar. Logo, nadar em clubes e academias é privilégio de pessoas com mais recursos.”
Saiba mais sobre Bruno Sapo
Os conceitos do futebol americano e os R$ 200 emprestados do pai foram suficientes para levar Bruno Sapo a se tornar uma referência em educação física. O TDS, como ficou conhecido o “Treino do Sapo”, foi desenvolvido pelo então atleta de futebol americano para jogadores profissionais, mas acabou conquistando o público geral do Rio de Janeiro. Quebrando barreiras, agora o personal vive em São Paulo, levou seu treino para a badalada Cia Athletica. “Preto, Profissional de Educação Física, anti-racista, treinador, ex-atleta, nerd e crossfiteiro”, como se descreve Bruno, através de seus posts no Instagram, o carioca se posiciona abertamente sobre temas que muitos não teriam coragem de falar e se evidencia ainda mais por isso.
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