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25/04/2023 às 15h34min - Atualizada em 26/04/2023 às 00h00min

Combater a cegueira é o alerta do Abril Marrom

Prevenção e diagnóstico precoce podem salvar a visão

SALA DA NOTÍCIA Lia Lopes
www.hobr.com.br
Pixabay


Segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgada em 2019, no mundo todo pelo menos 1 bilhão de pessoas apresentam deficiência visual não tratada - ou que poderia ter sido evitada - causadas por catarata (94 milhões), glaucoma (7,7 milhões), opacidades da córnea (4,2 milhões), retinopatia diabética (3,9 milhões), e tracoma (2 milhões). Ou seja, de acordo com a OMS, a estimativa é de que 60% da população poderia ter sua visão preservada com medidas preventivas ou tratamentos adequados. Dados do Atlas Vision, publicado pela International Agency for Blindeness Prevention (IABV) em 2020, estimaram que 28,6 milhões de brasileiros sofrem com a perda de visão. Combater esse cenário é o objetivo da campanha Abril Marrom, dedicada à conscientização, prevenção e reabilitação de doenças oculares que podem causar a perda da visão.  “Ir ao oftalmologista rotineiramente é essencial para prevenir e diagnosticar precocemente catarata, glaucoma, retinopatia diabética e a degeneração macular relacionada à idade (DMRI), que estão entre as principais doenças oculares que podem levar à cegueira. Descobrir essas afecções logo no princípio é fundamental para nortear tratamentos que garantam a manutenção da visão e a qualidade de vida do paciente”, alerta o oftalmologista Vinicius Kniggendorf, especialista em retina do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB), empresa do Grupo Opty no Distrito Federal.

Principal causador de cegueira irreversível no mundo, o glaucoma é uma doença degenerativa que danifica as células do nervo óptico progressivamente, não tem cura, mas pode ser controlada. Projeção da OMS aponta que 111,8 milhões de pessoas devem ser portadores da doença em 2040. O glaucoma evolui silenciosamente e, geralmente, o paciente só percebe que tem dificuldade em enxergar quando o problema está em um estágio bem avançado. Entre os principais fatores de risco está o aumento da pressão intraocular, mas o histórico familiar, miopia elevada, diabetes, idade avançada e estresse também devem ser observados. “Caso detectado a tempo, o tratamento adequado e contínuo pode interromper a perda da visão. Na maioria dos casos, é necessário o uso de colírios específicos diariamente. Porém, com o avanço de novas tecnologias, hoje é possível oferecer ainda procedimentos cirúrgicos, como o SLT (trabeculoplastia seletiva a laser) e o iStent, um microdispositivo que pode reduzir com eficácia a pressão intraocular”, lembra o oftalmologista.

 Já a degeneração macular relacionada à idade (DMRI), é uma doença crônica progressiva que ocorre na parte central da retina chamada mácula e que leva à perda gradual da visão central. Ainda que as condições ambientais, alimentação e predisposição genética também devam ser considerados, o principal fator a ser observado é a idade. O problema afeta 10% de pacientes entre 66 e 74 anos, e 30% com mais de 75 anos. Na forma úmida, causa sangramento e edema, e pode ser tratada com uso de injeções intravítreas de antiangiogênicos, que melhoram a visão e controlam a progressão da doença por tempo variável. Na forma seca, o tratamento era baseado em complementos vitamínicos, pouco eficazes. Recentemente, porém, a Food and Drug Administration(FDA), a agência de saúde dos Estados Unidos, aprovou o primeiro e único tratamento para atrofia geográfica (AG) secundária à degeneração macular relacionada à idade - o Syfovre, da Apellis Pharmaceuticals, também conhecido como injeção de pegcetacoplan.
Reversível com cirurgia, a catarata provoca uma perda progressiva da visão e é responsável por 47,8% dos casos de cegueira em todo o mundo. De acordo com a Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO), 17% das pessoas com até 65 anos e 47% dos que têm entre 65 e 74 anos têm catarata. Além disso, a SBO calcula que surjam 550 mil novos casos da doença por ano no país. Com o avanço da idade, as fibras do cristalino aumentam de diâmetro e espessura, provocando a princípio presbiopia, popularmente conhecida como vista cansada. A doença evolui lentamente, embaçando a visão até a pessoa enxergar apenas luzes e vultos, podendo ocorrer cegueira se não tratada. "Muitos pacientes têm receio de passar por uma cirurgia e só procuram o oftalmologista quando já estão sentindo os efeitos da doença, com a visão embaçada e fora de foco. Mas a técnica que utilizamos hoje, em que o cristalino opacificado é substituído cirurgicamente por uma lente intraocular artificial transparente, praticamente não altera a rotina da pessoa. Quanto mais cedo descobrimos o problema, melhor, pois podemos restituir integralmente a visão”, explica o médico.

Apesar de menos comum, o tracoma é uma doença inflamatória ocular, uma espécie de conjuntivite, causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, sendo a principal causa de cegueira infecciosa. No Brasil, o Ministério da Saúde estima que ele seja responsável por prejuízos visuais em 1,9 milhões de pessoas, das quais 450 mil apresentam cegueira irreversível. Está diretamente relacionado com as precárias condições de vida, de saneamento e acesso à água. “As crianças são as mais suscetíveis à infecção e inclusive às reinfecções, já que não se observa imunidade natural ou adquirida à bactéria. O tratamento recomendado é a base de antibiótico, contudo, a prevenção é fundamental. Ou seja, medidas como a adoção de hábitos adequados de higiene e o não compartilhamento de objetos de uso pessoal são essenciais para o controle dessa doença”, alerta o Dr Vinícius Kniggendorf.

Sobre o Opty
Desde 2016 o Grupo Opty agrega 26 marcas associadas, mais de 80 unidades, 1350 médicos oftalmologistas e 2800 colaboradores atuando em todas as regiões do país. Além das marcas própria HOBrasil (BA, DF, RJ e SP), fazem parte dos associados: o Hospital Oftalmológico de Brasília (DF), Hospital de Olhos INOB (DF), Hospital de Olhos do Gama (DF), Visão Hospital de Olhos (DF), Instituto de Olhos Freitas (BA), o DayHORC (BA), Instituto de Olhos Villas (BA), Oftalmoclin (BA),  Hospital de Olhos Santa Luzia (AL), Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem (SC), Centro Oftalmológico Jaraguá do Sul (SC), Sadalla.Smart (SC), HCLOE (SP), Visclin Oftalmologia (SP), EyeCenter Oftalmologia (RJ), COSC (RJ), Oftalmax Hospital de Olhos (PE), UPO Oftalmologia – Unidade Paulista de Oftalmologia (SP), HMO – Hospital Medicina dos Olhos (SP), Visão Center (PE), OftalmoDiagnose (BA), Íris Oftalmo (PE) e CEOP – Centro de Olhos do Pará (PA).
 
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