05/05/2023 às 14h12min - Atualizada em 07/05/2023 às 00h00min
Dia Mundial de Higienização das Mãos e o legado pós-pandemia
Dra. Claudia Espanha, médica infectologista e chefe da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Unimed-Rio, aborda a importância do hábito para a sociedade
SALA DA NOTÍCIA Juliana Sampaio
Imprensa
Banco de Imagem O Dia Mundial de Higienização das Mãos acontece todo dia 5 de maio e traz para o centro do debate a importância dessa prática reconhecidamente necessária, tanto no ambiente hospitalar quanto no dia a dia. De acordo com Dra. Claudia Espanha, médica infectologista e chefe da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Unimed-Rio, a pandemia da Covid-19 valorizou de forma nunca vista a higiene das mãos como uma prática de prevenção básica frente ao risco de aquisição das doenças infecciosas. “A presença do álcool em gel para higiene das mãos extrapolou os muros dos hospitais e ganhou espaço nas mesas dos bares e restaurantes, nos clubes, escolas, supermercados, escritórios e em muitos outros locais”, ressalta. Para a médica essa consciência e a mudança de comportamento coletivo em relação ao entendimento da prática da higiene das mãos, como uma medida preventiva primária de promoção da saúde, não pode ser esquecida jamais. “Cabe à sociedade civil, ao poder público e aos meios de comunicação em massa garantirem que isso se mantenha vivo nesta e nas futuras gerações”. Mas afinal, o que a higienização das mãos é capaz de prevenir? Segundo a chefe da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Unimed-Rio, a prática é essencial para evitar a transmissão de bactérias, vírus e fungos que se propagam de pessoa para pessoa por meio do contato. “O hábito também evita a transferência de vírus e bactérias durante o preparo dos alimentos, o que pode levar a casos de gastroenterite”, explica Dra. Cláudia. Para que o resultado seja alcançado, a médica também aponta a importância de utilizar a técnica na hora da higienização. “Para a eficiência da prática, é necessário o uso da técnica correta, atingindo toda a extensão das mãos, palmas e dorso, espaços interdigitais, polpas, unhas e o polegar. O tempo de exposição ao produto também é importante e não deve ser inferior a 30 segundos”, destaca. Na hora de colocar o hábito em prática é preciso saber que tanto a lavagem com água e sabão quanto a higienização com álcool em gel são eficazes na remoção de bactérias, vírus e fungos encontrados na camada mais superficial da pele. O uso de álcool em gel, por exemplo, é recomendado nas situações práticas nos serviços de saúde, pois possui ação germicida e sua facilidade de acesso e praticidade garantem maior adesão à prática de higienização das mãos entre os profissionais. “Em casos de sujidade visível nas mãos, é recomendada a lavagem com água e sabonete antisséptico”, explica a médica. Crianças: higienizando pequenas mãos Segundo a Dra. Cláudia Espanha, para estimular as crianças a praticar a higiene das mãos desde pequenos, é fundamental que os adultos da família sejam modelos, praticando o hábito diariamente e, sempre que possível, de forma lúdica, com brincadeiras e músicas. “A escola também deve ser parceira na educação sanitária, criando condições ideais para a higiene das mãos, como a escolha da altura das pias condizente com a altura das crianças e a disponibilização de torneiras e sabonete adequados”, finaliza.