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26/05/2023 às 19h47min - Atualizada em 28/05/2023 às 00h00min

Crianças de 1 a 3 anos são mais afetadas por trauma dentário: O que fazer em caso de fratura?

Entender os motivos que levam ao trauma e quais providências tomar fazem a diferença no tratamento da lesão

SALA DA NOTÍCIA Joaquim da Silva
Reprodução / Progepe - UFRPE


A OMS (Organização Mundial de Saúde) considera o trauma dentário como problema de saúde pública. Não é raro que emergências de hospitais e consultórios odontológicos registrem casos de lesões dentárias. 

 

Os traumas podem acontecer em pessoas de todas as idades, com destaque para crianças e adolescentes, que precisam de cuidado redobrado, como a adesão de um plano dental.  

 

Portanto, trata-se de um assunto sério, que deve ser compreendido. Mais do que isso, é necessário saber como proceder e quais providências tomar no caso de trauma dentário. 

O que é um trauma dentário e quais são as suas causas? 

Impactos acidentais no tecido dental, durante a mastigação ou em meio a outra atividade, são considerados como trauma dentário. Em outras palavras, o dente é impactado ou danificado por conta de quedas e colisões. 

 

Uma série de eventos podem provocar o traumatismo dentário. A seguir, veja os 6 principais: 

 
  • Incidentes ligados a práticas esportivas

  • Pancadas fortes na região do maxilar

  • Ingestão de alimentos duros

  • Protusão maxilar;

  • Estresse;

  • Alterações na mordida.

Como saber se houve um trauma dentário?

No que diz respeito aos sintomas apresentados, o trauma causa dores no dente, na gengiva, nos lábios e nas bochechas, dependendo do tipo de impacto. 

 

Assim como dor e sensibilidade ao entrar em contato com alimentos frios ou quentes, dificuldades para mastigar, alteração na coloração dos dentes e inflamação na região machucada. 

 

Em casos mais sérios, o dente pode ficar lascado ou ser arrancado por completo em decorrência do trauma. 

Quais são os tipos de trauma dentário? 

Os traumas podem ser classificados em fraturas coronárias e lesões no ligamento periodontal, tecido responsável pela sustentação dos dentes. 

 

As lesões na coroa ocasionam defasagem na estrutura e no esmalte, provocando perda parcial do dente. Ou apenas lascar, trincar ou rachar, sem prejudicar o dente por completo. Fraturas com ou sem exposição pulpar também acometem a região da coroa.

 

Perda total do dente, deixando a cavidade vazia, e luxação intrusiva, deslocando o dente para cima, estão no grupo de lesões que atingem o tecido periodontal. Tal qual concussões, que resultam em dentes móveis, edemas e até hemorragias. 

 

Na sequência, veja todos eles:

 
  • Trinca de esmalte;

  • Fratura de esmalte;

  • Fratura do esmalte e dentina;

  • Fratura do esmalte e dentina com a polpa exposta;

  • Fratura 

Quem costuma ter dentes com trauma? Adultos ou crianças?

Os traumas impactam todas as idades: crianças, adultos e idosos. Porém, as faixas etárias de 1 a 3 anos, 7 a 12 anos e 16 a 20 anos são as mais afetadas. Afinal, elas abrangem os primeiros passos da criança, períodos de autoafirmação e fases de práticas esportivas. 

 

O estudo feito pela Universidade Vale do Rio Doce, com base em 337 prontuários obtidos entre os anos de 2010 e 2015, revela dados sobre a prevalência de lesões traumáticas em crianças de 0 a 36 meses

 

Ao todo, 11,3% da faixa etária observada possui traumas nos dentes. O sexo masculino é  o mais acometido, com 57,9%. Sobre os dentes afetados, os incisivos centrais superiores têm maior incidência, somando 83,6%. E a fratura coronária a nível de esmalte é o dano que comumente atinge o tecido duro. 

 

Outro levantamento, realizado com 1265 crianças de 5 a 59 meses, em Diadema (SP), mostra que 175 tiveram algum tipo de trauma dentário, correspondendo a 13,9% dos avaliados. Além disso, 57,1% foram relatados em crianças do sexo masculino e 42,9% no gênero feminino. 

O que fazer em caso de fratura ou lesão e como tratar? 

Acidentes acontecem e, infelizmente, não há como prevê-los. Ainda mais quando eles acontecem nos dentes. Por isso, a melhor forma de prevenção é fazer sempre o acompanhamento com um dentista do seu plano dental. Assim, você irá reforçá-los para que traumas como os que estamos tratando aqui não tenham caráter de urgência. 

 

Geralmente, os primeiros atendimentos são feitos no local do acidente, dificilmente por odontologistas ou médicos da área. Portanto é ideal saber como proceder e quais providências tomar. 

 

Em caso de corte seguido de sangramento, recomenda-se pressionar gaze ou tecido na região acidentada, com o objetivo de estancar o sangue. Depois disso, o paciente deve ser encaminhado ao pronto atendimento, para avaliação médica. 

 

Se o dente sofrer fratura, o local precisa ser lavado com água morna. Fragmentos ou pedaços remanescentes devem ser colocados na água filtrada, leite, soro fisiológico ou na própria saliva de quem teve o trauma. Feito isso, a pessoa necessita ir ao dentista o mais rápido possível. 

 

Exames serão realizados na região da boca, com o intuito de identificar o problema e, posteriormente, iniciar o tratamento adequado. 


 
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