Imagem Ilustrativa via Google Os preenchimentos por ácido hialurônico ou PMMA estão em alta no Brasil. De acordo com dados coletados pela Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps) em 2021, o país é o segundo que mais realiza procedimentos do tipo não-cirúrgicos em todo o mundo, mantendo 22,1% do volume total das intervenções e ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Esses preenchimentos garantem mais jovialidade à pele e são menos invasivos do que cirurgias, mas a escolha por um método ou outro pode deixar algumas pessoas em dúvida.
Embora tanto o Ácido Hialurônico quanto o PMMA sejam polímeros e promovam o preenchimento, há diferenças entre eles. De acordo com o médico Dr. Avai Neto, enquanto o primeiro é naturalmente encontrado no organismo humano, o segundo é sintético.
"O ácido hialurônico é uma substância produzida pelo nosso corpo, presente nas articulações e na pele. Ele consegue reter água, hidratando a pele e muitas vezes volumizando, quando utilizado para essa finalidade, e é completamente absorvido pelo organismo", explica Dr. Avai Neto. O processo de absorção dura de cinco a dezoito meses.
Já o PMMA (ou Polimetilmetacrilato), segundo Dr. Avai Neto, é particulado e não pode ser absorvido pelo corpo humano. Além disso, o preenchimento feito por ele também funciona de maneira diferente do ácido hialurônico, que preenche pela hidratação. De acordo com Dr. Avai Neto, a volumização do PMMA é feita estimulando "a produção de colágeno ao redor de cada partícula".
Outra diferença entre os preenchedores é a forma como cada um deles é aplicado. "A aplicação do produto [PMMA] a 30% deve ser intramuscular, diferentemente do Ácido hialurônico, que deve ser aplicado em uma camada mais superficial, acima do músculo", diz Dr. Avai Neto.
O médico especialista também garante que ambos os preenchedores "conseguem volumizar estruturas corporais, mas cada um tem a sua particularidade". Nesse sentido, a escolha pelo PMMA ou Ácido Hialurônico vai depender da região do corpo que se pretende preencher e também da indicação feita pelo médico.
"Essa decisão geralmente é tomada em conjunto, entre médico e paciente. [Ela é feita] avaliando a região a ser aplicada, o custo-benefício, as expectativas, medos e receios do paciente", explica Dr. Avai Neto.
Apesar de ser necessária essa análise de caso a caso, o especialista pontuou que o PMMA costuma ser utilizado a nível corporal, em regiões como glúteo, panturrilhas, peitoral e bíceps. Já o ácido hialurônico tende a ser aplicado em áreas mais delicadas do corpo, como lábios e face.
PMMA X Ácido Hialurônico: Qual preenchimento escolher? Os dois métodos são seguros com diversos estudos publicados, e têm aprovação da Anvisa, órgão regulador. No entanto, Dr. Avai Neto frisa a importância de escolher um profissional bem qualificado para fazer o procedimento - já que, como qualquer outra intervenção, os preenchimentos também têm riscos.
"Quando falamos de medicina estética, sempre devemos avaliar em primeiro lugar a segurança, o equilíbrio, a simetria e a proporcionalidade. Todo procedimento, do mais simples ao mais complexo, tem o seu risco, portanto é fundamental que o paciente pesquise e escolha um médico com uma boa formação, treinado e habilitado", disse o especialista.
É importante ressaltar que a decisão sobre qual preenchedor utilizar deve ser feita após uma avaliação individualizada, levando em consideração as características e necessidades específicas de cada paciente. Um médico qualificado poderá fornecer as informações necessárias, esclarecer dúvidas e orientar sobre o melhor curso de ação para alcançar os resultados desejados.
Como em qualquer procedimento estético, é fundamental que os pacientes compreendam os benefícios, riscos e limitações dos preenchimentos por ácido hialurônico e PMMA. O diálogo aberto com um médico de confiança é essencial para tomar uma decisão informada e garantir uma abordagem segura e adequada para o rejuvenescimento da pele.