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23/05/2022 às 16h25min - Atualizada em 24/05/2022 às 00h01min

Por que nomeamos os planetas com nomes de deuses romanos?

Há mais de 4 mil anos os sumérios descobrem planetas e estrelas, na qual romanos adaptam nomes com o passar do tempo.

SALA DA NOTÍCIA Bianca Rocha
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Planeta Terra
Essa é a Terra, nossa casa. Em uma escala imaginária, a Terra é o terceiro planeta mais próximo do sol, e um dos planetas que formam nosso incrível sistema solar. Mas qual a origem do nome e por quê?


Bom, se formos parar para pensar, a palavra “terra” tem seus inúmeros significados, entre eles: solo, território, chão, até mesmo como nação e, claro, o nosso lar, além de outros significados. Mas a Terra, ao contrário de outros planetas, tem seu nome vindo do latim.

No nosso sistema solar temos, oficialmente, os planetas: Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno. Notem que não citei Plutão, mais abaixo verão o porquê. Fora a Terra, esses planetas são bem diferentes, mas tem algo em comum; o nome, a origem do nome desses planetas. Todos são nomeados em nome de antigos deuses da mitologia romana. Que são o mesmo que os deuses gregos, porém, na Grécia, eles têm outros nomes e, talvez, alguma mudança na história. Antes de tentar responder a esta questão vamos aos significados:

Sistema solar
Sistema solar. | Foto: Reprodução.

Mercúrio: É o nome de um dos deuses romanos, na Grécia, ele é Hermes. Ele é o mensageiro dos deuses e esse nome foi dado ao planeta devido ao movimento, esse planeta se movimenta de forma mais rápida que os outros.

Vênus: Nome da deusa do amor e da beleza. Para os gregos, Afrodite. O planeta tem semelhanças com a Terra, é do tipo terrestre. A semelhança é devido à massa, composição e ao tamanho.

Marte: Ares, na mitologia grega. O planeta vermelho que, em breve, será o próximo a ser explorado por nossos astronautas. Marte é o nome dado ao deus da guerra.


Júpiter: Na mitologia romana ele é o pai dos deuses, o deus dos deuses, ou seja, ele é o famoso Zeus. Júpiter é o maior planeta do sistema solar.

Saturno: Deus romano do tempo, muitos o conhecem por ser o deus também da agricultura, mas pode-se referir a ele como Cronos, no grego. O planeta recebeu esse nome por seu movimento mais lento em relação a outros planetas.

Urano: É o deus pai de Saturno, avô de Júpiter, é o deus do céu. Urano, a partir do sol, é o sétimo planeta, o quarto mais massivo e o terceiro maior planeta.


Netuno: Deus romano dos mares e oceanos. O famoso Poseidon. É o oitavo planeta do sistema solar mais afastado do sol.

Plutão: Hades. O nome foi dado por ser longe demais do sol e, portanto, recebeu o nome de um dos deuses mais obscuros dos romanos, ele seria o deus do submundo, o deus dos mortos. Plutão, por ser pequeno demais se comparado aos outros planetas, foi “rebaixado” oficialmente, não é um planeta do nosso sistema solar. Em 2006, ele foi reclassificado como planeta-anão.

Vemos que a religião em si é algo tão forte na vida dos seres humanos que até em algo cujo é totalmente científico a crença está presente. Para o administrador e criador de conteúdo da página Astronomiaum, Igor Duarte, a religião sempre foi presente e muito forte na sociedade. Mesmo nos tempos mais antigos da nossa humanidade e nos estudos astronômicos.


Giordano Bruno foi o primeiro cientista a afirmar que o universo era infinito, sem centro, e repleto de mundos habitados. Ele foi queimado na fogueira porque não estava embalado em dados científicos, mas em crenças religiosas.

DIZ IGOR DUARTE
De acordo com as concepções filosóficas e circunstâncias políticas, sociais e econômicas que mudam com o passar de tempo e gerações, nos dias de hoje, vemos que a religião entre jovens perde força e dizem que não se refuta a ciência com a religião na qual acreditam.

O Astrofísico da Universidade Federal de São Carlos e Universidade de Lisboa, Gustavo Rojas, diz:

Os nomes hoje usados derivam da mitologia romana, que é uma releitura da mitologia grega, que, por sua vez, incorporou as lendas babilônicas, que se originaram na Suméria há mais de 4 mil anos.


Ele também ressalta que, por questões históricas, manteve-se essa tradição de nomear planetas e até mesmo constelações com nome de divindades romanas, podemos ver, com o tempo, que não se trata mais das crenças em si.

No século passado foram impostas novas regras referente a nomeações de corpos celestes pela União Astronômica Internacional, e você pode atentar-se mais a este assunto pelo site.


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