Apps de serviços O2O, (online-to-offline), de mobilidade, alimento e serviços, entre outros, estão ganhando espaço na tela inicial dos smartphones.
A partir do lockdown do Covid-19, todos passamos a ter um uso massivo de aplicativos via smartphone. Isso demonstra como ele se transformou definitivamente em um instrumento de compras de produtos, serviços e relações humanas. Isso é a App Economy.
Mas não faz sentido você ter um milhão de apps instalados no seu aparelho ocupando espaço, sendo que não vai usar todos com a mesma frequência. No mundo, menos de 25% dos usuários retornam ao aplicativo no dia seguinte após instalado, no Brasil 51%.
Imagina que tudo pode mudar, quando você tem um único aplicativo com todas as opções dentro dele. Isso se chama "Super App".
*Super App - é um aplicativo que reúne diversas modalidades de serviços em um só lugar.
Por que isso é importante para as pessoas?
Segundo a revista Forbes, o tempo de uso de aplicativos pelos brasileiros já representa mais de 5,4 horas por dia. O país é seguido pela Indonésia com 5,3h e isso demonstra a gigantesca oferta das mais variadas funções de serviços que temos em nossas mãos.
Segundo esse estudo, os resultados sugerem que a pandemia de covid-19 impulsionou muito o aumento do tempo dos usuários nos software, ocasionando um crescimento de 45%.
Os Super Apps vem para nos trazer comodidade?
Em um só lugar, o usuário terá todas as atividades que necessita e não tem que ativar uma infinidade de aplicativos, é só ativar o que quer. Esta aplicação, além de economizar espaço de dados do aparelho, também facilita a vida das pessoas que possuem celulares mais simples.
Além disso, as opções de segmento de serviços serão liberadas conforme frequência de uso de cada pessoa.
Como fazer a gestão dos Apps, engajamento e retenção de clientes?
Aqui começa a grande discussão sobre “fazer a lição de casa”.
Para o Super App ter sucesso de engajamento e manutenção será preciso trabalhar muito bem todos os pontos de contato com os consumidores, com estratégias claras e conteúdos relevantes.
No que diz respeito a gestão dos Apps incubados dentro do Super App, também será preciso um trabalho muito intenso e criterioso de entrada na plataforma, pois um erro pode custar toda a operação. Aqui a governança e gestão falam alto.
Tem espaço no Brasil para esse tipo de serviço?
Todos conhecemos algumas premissas de marketing quando falamos de inovação e adesão nesse momento.
O trabalho do profissional de marketing sobre conhecer cada persona é de suma importância, sendo necessário olhar com atenção dois tipos: os early-adopters, pessoas que se engajam rapidamente; e os pragmáticos ou principais, que adotam as novas tecnologias após cases de sucesso. Neste segundo caso, já estamos falando do target em si.
A China e os Super Apps e os meios de pagamento.
Os chineses pularam do sistema de pagamento por cartão de plástico, cartão de crédito e/ou débito, indo direto para o digital fazendo os pagamentos e compras por smartphone e QRcode. No Brasil, estamos passando por isso utilizando o Pix em suas variações recentes.
Os Super Apps, além de agilizarem as formas de pagamento, também facilitam o uso de senhas, o encontro de promoções e dos melhores prestadores de serviço, além de ter um sistema de segurança mais rígido e unificado sobre aqueles que buscam ofertar seus serviços e aqueles que estão comprando-os.
Essa tecnologia abre espaço para uma diversidade de segmentações de serviços e entendimento das necessidades de cada um. Fica cada vez mais claro que os smartphones fazem de tudo: pesquisas, compras, pagamentos, amizades, agendamentos, videoconferência, inclusive ligações telefônicas.
Uma reflexão
Independente dos Super App, as empresas cada vez mais fazem o uso de aplicativos para se conectarem com os consumidores, e para isso utilizam a inteligência artificial para ajudar a mapear nossas necessidades e entregar a cada um o que necessita, buscando estratégias de marketing que se tornam "exclusivas e individuais" para cada pessoa.
Será que as marcas e profissionais de marketing estão conseguindo acompanhar esse ritmo acelerado das tecnologias? Quais skills esses profissionais precisam ter para conseguirem fazer essa leitura? Será só conhecimento tecnológico ou uma boa porção de psicologia e economia?
Da parte das pessoas, deixo aqui uma pergunta: se o Super App vem para que possamos perder menos tempo com a busca e usabilidades dos aplicativos no dia-a-dia, é possível concluir que vamos passar a ter mais tempo ocioso. O que as pessoas vão fazer com algo que se tornou desconhecido, ou seja, ter tempo livre? Fica a questão.
Sobre
Sou Ricardo Voltan, investidor anjo, empreendedor, mentor, consultor e conselheiro de negócios; e a minha entrega é o seu sucesso.
Tenho mais de 25 anos em grandes agências como: Leo Burnett, WMcCann, JWT, Havas, Bloomberg Television e VW.
Lançamentos de sucesso: plataforma digital Decolar; Portal Terra; 1ª ação de vendas de carros direto da fábrica VW.
Eu ajudo empreendedores a se empoderarem e transformar boas ideias em negócios de sucesso, ajudando na captação de investimentos, lançamento, governança e desenvolvimento de empreendimentos inovadores.