A Internet das Coisas (IoT) está em toda parte e seu uso está crescendo rapidamente. Mais de 30 bilhões de dispositivos IoT estarão conectados no mundo até 2025, um salto acentuado em relação aos 13,8 bilhões de unidades em 2021, de acordo com estudo da Statista. O setor de manufatura é o que mais tem investido nessa tecnologia em um movimento em direção à Indústria 4.0, com os principais casos de uso sendo otimização automatizada de produção, manutenção preditiva e gerenciamento automático de inventário. Segundo Flávio Póvoa, gerente de Engenharia de Sistemas da Aruba, uma empresa da Hewlett Packard Enterprise, uma SD-WAN é essencial para absorver essa demanda com visibilidade, segurança e agilidade.
“Esses são exatamente os três principais recursos que uma rede automatizada de longa distância definida por software, ou SD-WAN, oferece à Indústria 4.0”, destaca Póvoa. O executivo explica que os sensores que coletam e transmitem dados de temperatura, velocidade, umidade, feed de vídeo, pressão e proximidade de objetos como carros, caminhões e máquinas geram dados sobre os quais uma empresa pode tomar decisões. Em um nível mais avançado, algoritmos de inteligência artificial e aprendizado de máquina “aprendem” e se adaptam a esses dados, criando respostas automáticas. Mas essa grande quantidade de dados de IoT gera um aumento exponencial no tráfego na infraestrutura de rede, demandando uma escalabilidade substancial.
Grandes quantidades de dados precisam de um enorme poder de processamento para serem transformados em informações úteis e medidas de segurança mais robustas precisam ser implementadas devido a mais pontos de entrada na rede. Além disso, o gerenciamento da infraestrutura requer uma melhor orquestração de políticas e meios para agilizar as operações em andamento. “Aí que entra o SD-WAN e seus recursos de IoT”, destaca ele. Confira:
Visibilidade
A SD-WAN proporciona um mecanismo de visibilidade em tempo real, permitindo que a equipe de TI tenha uma visão completa dos atributos de desempenho da rede e dos aplicativos. Os dispositivos SD-WAN implementados em filiais enviam informações à gestão centralizada, que coleta os dados e os apresenta em um painel de gerenciamento por meio de widgets personalizáveis. Esses widgets fornecem uma riqueza de dados operacionais, incluindo um mapa de calor da integridade de cada dispositivo SD-WAN, contagens de fluxo, túneis ativos, topologias lógicas, alarmes, largura de banda consumida por cada aplicação, latência e muito mais. Além disso, esse tipo de rede mantém armazenados dados de semanas com contexto, permitindo que a TI os reproduza e veja o que aconteceu em um horário e local específicos.
Segurança
A segurança e a segmentação de fim a fim pode ser orquestrada de forma centralizada em uma rede SD-WAN. A integração de um controle de acesso com esse tipo de rede aumenta a inteligência da aplicação com as informações de identidade e função do usuário e do dispositivo. O contexto adicional baseado em identidade permite segmentação refinada e aplicação consistente de políticas de segurança que podem ser usadas em toda a rede, da borda à nuvem, além de acelerar a solução de problemas. A TI também pode segmentar o tráfego do dispositivo IoT na borda da rede e isolá-lo. Essa nova camada de contexto permite segmentação granular sem a complexidade de gerenciar várias VLANs. Por exemplo, uma política de segmentação refinada pode impedir que câmeras de segurança acessem transações de cartão de crédito ou sistemas de HVAC. A segmentação de fim a fim ajuda as empresas a isolar possíveis ameaças de segurança por tipo de dispositivo, função e aplicação ao mesmo tempo em que as apoia no sentido de atender aos requisitos de conformidade do setor.
Agilidade
Com o aumento do número de dispositivos, aplicações e usuários conectados, uma abordagem de orquestração abrangente, inteligente e centralizada que se adapta continuamente para oferecer a melhor experiência aos negócios e aos usuários é fundamental para o sucesso. A rede SD-WAN emprega aprendizado de máquina em nível global, onde sensores de Internet e sensores de terceiros alimentam o software na nuvem. O software rastreia a geolocalização de todos os endereços IP e também a reputação de IP, distribuindo sinais à gestão centralizada em execução em cada cliente. Por sua vez, a gestão centralizada fica em contato com os dispositivos de borda localizados nas filiais. Lá, o aprendizado distribuído é feito com base no primeiro pacote, quando é realizada uma inferência sobre qual é a aplicação. Se após 100 vezes os pacotes que vêm desse endereço IP se mostram um IoT, pode-se inferir que o IP pertence à aplicação IoT. Em paralelo, a SD-WAN utiliza uma mistura de técnicas tradicionais para validar a identificação da aplicação. Tudo isso, combinado com outras inteligências em vários níveis, permite a orquestração de políticas simples e automatizadas em muitos dispositivos e aplicações.
A Aruba foi reconhecida como líder em SD-WAN no Quadrante Mágico do Gartner 2022 com sua plataforma Aruba SD-WAN EdgeConnect Enterprise pelo quinto ano consecutivo a também se tornou a primeira empresa do mundo a receber a certificação de SD-WAN segura do ICSA Labs. No Brasil, o Banco Modal já utiliza uma implementação da marca. De acordo com o relatório “Latin America SD-WAN Market Sizing and Forecast 1H2021”, produzido pela IDC, até 2025 a receita dos fornecedores de produtos SD-WAN (hardware e software) no Brasil deve chegar a US$ 119 milhões, com a Aruba se mantendo como um importante player desse mercado.