O desenvolvimento de software já foi uma revolução. Hoje, no entanto, trata-se de uma necessidade nos mais variados segmentos de mercado que impulsiona todas as indústrias. Os métodos tradicionais de programação de computadores dependem de codificação complexa por parte dos programadores, mas o modelo no-code chegou para transformar essa realidade, colocando o “poder” do desenvolvimento de aplicações nas mãos dos mais variados profissionais. Essas plataformas de desenvolvimento sem código e de baixo código deram às empresas mais flexibilidade para criarem suas próprias aplicações móveis para os utilizadores. Com a dependência reduzida de programadores de software especializados, as empresas podem responder rapidamente às novas tendências comerciais e atender às demandas diretamente da ponta da cadeia, em que os indivíduos têm total expertise sobre o negócio em seus departamentos. Essa transformação atinge os mais variados segmentos de mercado, podendo auxiliar desde os gigantes do agronegócio até os pequenos varejistas, por exemplo. Por isso, hoje vemos a difusão desse modelo em PMEs e fintechs, pois as vantagens podem ajudar qualquer tipo de negócio. Além disso, as plataformas no-code e low-code são mais baratas do que os serviços dos programadores de software de pilha cheia. Essas soluções atendem ao desafio global de corte de custos, ao mesmo tempo que otimizam o core business. As soluções são perfeitas para as pequenas e médias empresas porque utilizam menos dinheiro e recursos tecnológicos, bem como para as organizações de grande porte que buscam enxugar a folha de pagamento. Nas grandes companhias, o modelo ainda atende à alta demanda por profissionais de TI especializados. Até 2022, há previsão de carência de 408 mil profissionais da área, conforme pesquisa da Softex, organização que atua em prol da transformação digital brasileira. A Brasscom, em 2021, levantou os números previstos para 2024. O resultado foi que a busca por profissionais de TI chegará ao patamar de 420 mil pessoas, supondo que aproximadamente 300 mil vagas não serão fechadas. As evoluções tecnológicas que acontecem há anos sempre tiveram um ator principal, o professional developer. Porém, a aceleração digital se intensificou nos últimos anos, principalmente após a pandemia de covid-19. Já sabemos que tudo que puder ser digitalizado, será. Portanto, o no-code é o futuro da TI. *Léo Andrade é influenciador e especialista em tecnologia, referência em low-code e no-code no Brasil e autor dos e-books gratuitos A Revolução Low-code e Citizen Developers.