08/12/2022 às 15h15min - Atualizada em 12/12/2022 às 00h01min
Com lista de espera de 70 mil pessoas, jogo de sobrevivência com tecnologia blockchain pretende captar R$ 20 milhões
Brasileiro desenvolvedor do “RIO - Raised In Oblivion X”, que se passa no Morro do Vidigal, no Rio de Janeiro, tem expectativa de arrecadar cerca de R$ 12 milhões no primeiro ano só com publicidade dentro do game
Criado por Jhoniker Braulio, que trabalha desde os 11 anos de idade e já foi serralheiro, pintor, feirante e até aspirante a jogador de futebol no Paraná Clube, hoje CEO da First Phoenix Studio, empresa desenvolvedora de jogos eletrônicos, o game RIO - Raised In Oblivion X é encenado em um Brasil pós-apocalíptico, mais especificamente na região do Vidigal, na Zona Sul do Rio de Janeiro, onde a disseminação de uma doença infecciosa está fazendo com que as pessoas infectadas se comportem de forma inconsciente e agressiva a ponto de atacar outras pessoas. Para suprimir o contágio, o governo local construiu muros de contenção e agora, quem está dentro não pode sair e quem está fora não pode entrar.
A ideia do jogo, que é em formato FPS (jogo de tiro em primeira pessoa), é colocar equipes para competir por recursos, de modo que jogadores vão combater uns aos outros ao mesmo tempo em que coletam itens de sobrevivência no cenário. Um dos itens que chamará atenção do player é o RIOCOIN, que além de ter um alto valor de compra de itens raros nos mercadores in-game, ele também pode ser extraído do jogo para o portal e ser trocado pelo token RIO-X utilizando uma skin NFT de um personagem, já que o game utiliza a tecnologia Blockchain; com isso, o jogo permite que os players usufruam de uma economia real dentro e fora do jogo.
Para o desenvolvimento e aperfeiçoamento do jogo, Jhoniker está buscando captar R$ 20 milhões. Caso esse cenário se confirme, o game deve ser lançado no primeiro semestre de 2023.
Atrativos para rentabilidade não faltam. RIO-X será um game gratuito para jogar, mas obterá receita de diferentes frentes, como publicidade e venda de NFTs utilizáveis no jogo. “Só na parte de publicidade, queremos R$ 12 milhões no primeiro ano e que isso dobre no segundo ano por causa da integração no mercado”, explica Jhoniker.
Com publicidade, Jhoniker projeta ativações dentro do mapa do jogo, como aplicações das marcas de empresas em outdoors, busdoor, lojas, caixas eletrônicos, armas e até no vestuário dos players.
Além da publicidade, Jhoniker espera lucrar com a venda de itens, armas e skins NFT. Está programada, também, a venda de 5,5 mil NFTs, com expectativa de se alcançar um faturamento de R$ 2,5 milhões já no primeiro mês de lançamento. “Temos uma lista de espera com 70 mil pessoas e mais de 200 streamers esperando nosso jogo ser lançado”, destaca.
“A primeira grande sacada na idealização do game foi trazer um cenário do mundo real para dentro do jogo, nesse caso, a favela do Vidigal, no Rio de Janeiro, com sua arquitetura única que traz uma experiência de gameplay singular. Nós fizemos isso antes mesmo do termo metaverso se tornar tão popular”, reforça Bráulio.
O CEO complementa que a segunda grande sacada foi a implementação dos sistemas de fome, sede, estâmina e vitalidade que faz com que o player se conecte ao seu personagem com suas necessidades humanas. Jhoniker reforça que durante o desenvolvimento do game acompanhou a expansão da Web 3.0 e que já tinha em mente avaliar as possibilidades e incluir isso no projeto. “Enquanto trabalhávamos na implementação de objetivos do jogo, acompanhamos a crescente expansão da web 3.0 e seu relacionamento com o mundo dos jogos e metaverso. Ficamos fascinados com as infinitas possibilidades que essa tecnologia poderia agregar ao jogo, afinal o nosso game/metaverso já estava pronto para ser usado e com uma vantagem competitiva, pois os ‘jogos’ play to earn da web 3.0 estavam pecando muito - focado apenas na distribuição de recompensas e esquecendo de desenvolver um jogo que realmente fosse divertido”, conclui.