Em constante evolução e amadurecimento, a análise de dados vem ganhando cada vez mais espaço e relevância em diferentes segmentos. Um dos mercados de maior expansão é o setor de Óleo & Gás, em que a tecnologia tem se mostrado uma grande aliada em uma área tão complexa e desafiadora, pois viabiliza de forma ampla a tomada de decisão baseada em dados.
Neste setor, a análise de dados tem encontrado um campo para a sinergia, de modo que a potencializar a produção e a otimizar a operação, seja minimizando tempo perdido ou maximizando desempenho. A transformação digital proporcionou um salto qualitativo e quantitativo na coleta e gestão dessas informações, cujo incremento nas capacidades de armazenamento e suas múltiplas possibilidades de análise e processamento a converteram em um pilar fundamental para as empresas de Óleo & Gás para tomada de decisão mais acurada e tempestiva.
Para que uma empresa consiga implementar essa tecnologia em sua atividade, os funcionários devem ter acesso amplo e em tempo real às informações necessárias para a tomada das decisões. Nesse sentido, torna-se indispensável a formação de todos os membros da equipe, para que consigam gerenciar essas informações.
As decisões e escolhas realizadas impactam, também, a capacidade de propagar informação em todas as atividades – campos, unidades de produção, poços, processos decisórios corporativos compreendidos como uma boa prática operacional. Essa propagação, por meio de tecnologia digital, permite escalar em toda uma frota de ativos as regras corporativas de tomada de decisão para todos os ativos daquela frota. É como se a diretriz de um executivo pudesse ser automaticamente disseminada, aplicada e supervisionada em toda a frota, escalando a aplicação da tecnologia e a transformação da forma de operar. Até para a expansão da organização, é importante ter uma preparação adequada. Só assim haverá crescimento nos resultados de negócios, sem sofrer consequências causadas por decisões erradas. Se a empresa não tem os recursos certos e não foi conduzida adequadamente, essa expansão será muito complicada. Por isso, trabalhar com as melhores soluções e com a mentalidade certa faz toda a diferença.
A escalabilidade é um dos critérios mais analisados por investidores, sendo cada vez mais valorizada no cenário econômico atual. Além deles, os fundos de investimentos e outros operadores do mercado olham com todo o cuidado para o quanto as empresas são escaláveis. Aplicando este conceito às atividades operacionais e à transformação da forma de operar, empresas com muitos recursos captam mais rápida e amplamente o valor gerado por uma tecnologia, sendo capaz de escalar sua aplicação em toda a sua atividade operacional, aproveitando ao máximo o potencial desta tecnologia. Assim, conseguem reduzir os níveis de incerteza e geram mais retorno com a tecnologia.
Expandir uma prova de conceito tecnológica para toda a atividade operacional é um processo ativo e de escalabilidade. Apenas com planejamento e esforço é possível agregar valor à operação, aumentar o retorno sobre o investimento (ROI) e manter um ritmo de desenvolvimento estável.
Por isso, entre todas as características necessárias para o bom desempenho, uma meta indispensável é aprimorar seu potencial de escalabilidade, que traz benefícios tanto para a empresa quanto para os clientes, permitindo, para os negócios, reduzir custos e aumentar o lucro, além de tornar a empresa mais atrativa para investidores; já os clientes, podem aproveitar a redução de custos e melhorias nos produtos e serviços, aperfeiçoados constantemente.
Neste contexto, é possível dizer que o mercado de Óleo & Gás é um dos setores mais avançados demanda por escalabilidade na transformação da forma de operar, pois trata-se de uma preocupação de todas as empresas que queiram permanecer competitivas e lucrativas.
*Augusto Borella Hougaz é vice-presidente de Oil&Gas da Intelie