04/05/2022 às 12h56min - Atualizada em 06/05/2022 às 00h01min
Como a ciência de dados pode revolucionar o departamento financeiro
SALA DA NOTÍCIA Rosangela Manchon
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Divulgação Nos últimos dois anos, a pandemia colocou vários obstáculos à frente das empresas que tentam fazer negócios. Mesmo antes do início da crise da Covid-19, alguns departamentos tiveram que escalar obstáculos diariamente para cumprir suas tarefas, sendo mais impactante para o departamento financeiro. Cumprir esses deveres financeiros vitais - da folha de pagamento ao fluxo de caixa - está se tornando cada vez mais complicado à medida que os desafios aumentam diariamente. Muitas equipes financeiras agora lutam para gerenciar as diferentes e cada vez mais complexas fontes de dados com as quais precisam lidar. Em média, os trabalhadores de dados aproveitam mais de seis fontes de dados distintas, 40 milhões de linhas de dados e sete saídas diferentes enquanto produzem suas análises. Fazer essas tarefas repetitivas manualmente é ineficiente e muitas vezes pode levar a problemas com a qualidade dos dados, bem como a falta de auditoria e supervisão. Esse desafio é agravado pelo uso contínuo de sistemas legados desatualizados. As planilhas, por exemplo, são usadas regularmente como proxy para preparação e análise de dados, mas são propensas a erros e expõem a organização a problemas de conformidade e confiança. Analistas financeiros e contadores estão cada vez mais frustrados com o trabalho rotineiro de planilhas. De acordo com um estudo recente da IDC, US$ 60 bilhões são desperdiçados todos os anos nos EUA devido a trabalhadores de dados, como profissionais de finanças, gastarem horas e horas em planilhas. Em meio a esse cenário de crescimento exponencial de dados, os CFOs agora precisam investir em processos mais robustos, como sistemas criados especificamente para análise de dados e ciência de dados. Além disso, eles devem investir nas habilidades digitais e na alfabetização de dados de seus trabalhadores por meio de treinamentos para que possam acessar todo o potencial dessas novas ferramentas. A qualificação da força de trabalho existente é um componente essencial de uma estratégia de transformação digital bem-sucedida. Os fluxos de trabalho analíticos automatizados podem capacitar as organizações a acelerar processos manuais, como coletar e classificar os dados necessários para reconciliação e trabalhar com mais eficiência, liberando a equipe para trabalhar em trabalhos mais criativos ou de valor agregado, como identificar fluxos de receita futuros. Na verdade, de acordo com o relatório da IDC, o uso de ciência de dados e análises modernas permite que os departamentos financeiros concluam previsões financeiras 74% mais cedo, tomem decisões 25% mais rápido e melhorem a precisão dos relatórios financeiros em 16%. Os analistas financeiros geralmente precisam levar em conta as variações regionais no planejamento tributário e nas taxas. Em planilhas, isso envolveria fazer malabarismos com vários VLOOKUPs e tabelas dinâmicas para tentar obter os dados no formato correto para o planejamento tributário. Mas com fluxos de trabalho analíticos automatizados, é possível construir um processo de cálculo de ponta a ponta mais simples que lida tanto com dados complexos do mundo real quanto com as incertezas de lidar com informações ausentes ou incompletas. Isso substitui um conjunto manual de tarefas por um fluxo de trabalho visual totalmente repetível que destaca problemas de dados para reconciliação, liberando o tempo dos analistas financeiros para se concentrar em outros trabalhos de alta prioridade. Essa transformação digital do departamento financeiro oferece a capacidade de fechar, consolidar e relatar mais rapidamente e com maior precisão nos relatórios. Ele libera recursos vinculados a tarefas repetitivas manuais, ao mesmo tempo em que reduz os custos operacionais e aumenta a eficiência. Infelizmente, à medida que mais e mais empresas reconhecem o poder da ciência de dados, elas encontram um problema semelhante: a falta de cientistas de dados. Devido à alta demanda, agora há uma escassez global de cientistas de dados no mercado de trabalho. De acordo com a Quanthub, essa escassez cresceu para 250.000 em 2020 e não mostra sinais de parar hoje. No entanto, existe uma maneira de os CFOs lidarem com essa escassez. Em vez de competir pela oferta limitada de cientistas de dados, os CFOs estariam melhor capacitando sua força de trabalho atual. Muitos funcionários financeiros já possuem as habilidades fundamentais necessárias para se tornarem cientistas de dados cidadãos – combinando suas habilidades analíticas e técnicas com o contexto empresarial essencial necessário para tomar decisões impactantes. Quando confrontados com desafios, alguns executivos podem presumir que precisam contratar mais talentos externos, mas essa nem sempre é a abordagem correta. Ao adotar totalmente a transformação digital e a ciência de dados, o departamento financeiro pode diminuir substancialmente o custo do processo, ao mesmo tempo em que redistribui com sucesso o talento para atividades de valor agregado. Enquanto os últimos anos têm sido um desafio, o futuro definido pela oportunidade. *Kevin Rubin é diretor financeiro (CFO) da Alteryx.
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