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12/05/2022 às 12h51min - Atualizada em 13/05/2022 às 00h01min

Malware que ataca plataformas de e-commerce lidera índice de ameaças do Brasil

A Check Point Research relata que houve muita atividade do Formbook e Lokibot em abril, bem como o destaque da vulnerabilidade Spring4Shell; no Brasil, o revés foi maior com o Chaes (malware que ataca plataformas de e-commerce principalmente na América Latina) desbancando o Emotet da liderança da lista nacional

SALA DA NOTÍCIA Check Point Software
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Imagem ilustrativa - Divulgação Check Point Software
A Check Point Research (CPR), divisão de Inteligência em Ameaças da Check Point Software Technologies, publicou o Índice Global de Ameaças referente ao mês de abril de 2022. Os pesquisadores relataram que o Emotet, um cavalo de Troia avançado, autopropagável e modular, ainda é o malware mais prevalente, afetando 6% das organizações em todo o mundo. Apesar disso, houve uma movimentação no ranking para todos os outros malwares do índice. Tofsee e Nanocore saíram da lista global e foram substituídos por Formbook e Lokibot, agora o segundo e o sexto malwares mais predominantes, respectivamente.

No Brasil, o revés foi maior, pois o Emotet ficou em segundo lugar na lista nacional de abril sendo desbancado pelo Chaes, o malware responsável pela campanha que visava o roubo de informações de consumidores do Mercado Livre e Mercado Pago, entre outros.

A pontuação mais alta do Emotet na lista referente ao mês de março (10%) deveu-se principalmente a golpes específicos relacionados ao tema da Páscoa. Mas, a redução em abril também pode ser explicada pela decisão da Microsoft de desabilitar macros específicas associadas a arquivos do Office, afetando a maneira como o Emotet geralmente é entregue.

De fato, há relatos de que o Emotet possui um novo método de entrega, usando e-mails de phishing que contêm uma URL do OneDrive. O Emotet tem muitos usos depois que consegue contornar as proteções de uma máquina. Devido às suas técnicas sofisticadas de propagação e assimilação, o Emotet também oferece outros malwares para cibercriminosos em fóruns da Dark Web, incluindo cavalos de Troia bancários, ransomwares, botnets, entre outros. Como resultado, uma vez que o Emotet encontra uma violação, as consequências podem variar dependendo de qual malware foi entregue após a violação ter sido comprometida.

A partir do segundo lugar no índice global de abril, a CPR observou uma reviravolta. O Lokibot, um InfoStealer (roubo de informações), voltou a entrar na lista ocupando o sexto lugar após uma campanha de spam de alto impacto, a qual distribuiu o malware por meio de arquivos xlsx feitos para parecerem faturas legítimas. Isso, e a ascensão do Formbook, afetaram a posição de outros malwares como o cavalo de Troia de acesso remoto avançado (RAT) AgentTesla, por exemplo, que passou do segundo para o terceiro lugar.

Em termos de vulnerabilidades críticas, no final de março, essas foram encontradas no Java Spring Framework, conhecidas como Spring4Shell e, desde então, vários atacantes aproveitaram a ameaça para espalhar o Mirai, o nono malware mais prevalente em abril.

“Com o cenário de ameaças cibernéticas em constante evolução e com grandes corporações como a Microsoft influenciando os parâmetros nos quais os cibercriminosos podem operar, os atacantes precisam se tornar mais criativos na forma como distribuem malware, evidente no novo método de entrega agora empregado pelo Emotet”, afirma Maya Horowitz, vice-presidente de Pesquisa da Check Point Software Technologies.

“Além disso, em abril, testemunhamos a vulnerabilidade Spring4Shell em destaque no noticiário. Embora ainda não esteja na lista das dez maiores vulnerabilidades, vale a pena notar que mais de 35% das organizações em todo o mundo já foram impactadas por essa ameaça apenas em seu primeiro mês e, portanto, esperamos vê-la subir no ranking nos próximos meses”, afirma Maya.

A CPR também revelou em abril que Educação e Pesquisa continua sendo o setor mais atacado globalmente por cibercriminosos. A “Web Server Exposed Git Repository Information Disclosure” é a principal vulnerabilidade mais explorada, impactando 46% das organizações em todo o mundo, seguida de perto pela “Apache Log4j Remote Code Execution”. A “Apache Struts ParametersInterceptor ClassLoader Security Bypass” foi a vulnerabilidade que disparou no índice, ocupando o terceiro lugar em abril com um impacto global de 45%.

Em abril, Educação e Pesquisa foi o setor mais atacado globalmente, seguido por Governo/Militar e Internet Service Providers & Managed Service Providers (ISP/MSP), mesmo ranking de março.

1.Educação/Pesquisa
2.Governo/Militar
3.ISP/MSP

No Brasil, os três setores no ranking nacional mais visados em abril foram:

1.Integrador de Sistemas/VAR/Distribuidor
2.Governo/Militar 
3.Varejo/Atacado

Os principais malwares de abril no Brasil

O principal malware no Brasil em abril foi o Chaes (6,50%), assumindo a liderança e deixando o Emotet em segundo lugar (5,66%) no ranking nacional, enquanto o XMRig (2,75%) ocupou o terceiro lugar.

Em março, o Chaes havia aparecido pela primeira vez no ranking nacional e ocupou o segundo lugar. Este ladrão de informações (InfoStealer) é usado para roubar dados confidenciais do cliente, como credenciais de login e informações financeiras. Este malware é conhecido por usar técnicas de evasão para evitar detecções de antivírus. Chaes foi visto no passado visando clientes de plataformas de comércio eletrônico, principalmente na América Latina, como Mercado Livre e Mercado Pago.

 


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