*Por David Sena
Sete em cada dez executivos admitem que coletar dados é um fator crucial para as empresas no geral. É o que revela a pesquisa “Data Paradox”, elaborada pela Forrester Consulting. Na área da saúde, não poderia ser diferente. Segundo relatório da Associação Paulista de Medicina (APM), mais de 60% das instituições de saúde brasileiras utilizam alguma tecnologia de armazenamento de dados de pacientes e/ou de compartilhamento de informações.
Aqui, precisamos ressaltar que a coleta de dados, por si só, não é suficiente para o sucesso e o bom funcionamento de uma organização. Ainda, de acordo com a pesquisa da Forrester Consulting, 70% das empresas recolhem dados mais rápido do que podem utilizá-los. Deste modo, o Big Data, que consiste na extração de informações relevantes a partir de um grande volume de dados, torna-se imprescindível.
Na área da saúde, o Big Data pode contribuir em várias questões, que vão desde o marketing médico, passando pela fidelização de pacientes até o avanço de tratamentos e desenvolvimento de pesquisas. E o leitor se pergunta como isso é possível? Vou explicar.
Por meio de tecnologias digitais, as instituições médicas são capazes de compilar dados pessoais, dados clínicos, informações sobre exames e procedimentos realizados em todos os pacientes. Assim, o data analytics fornece insights que auxiliam os profissionais da saúde, desde a gestão de negócios, a avaliação do desempenho de consultórios, prevendo possíveis problemas que poderiam surgir. Sem falar que contribuem para a tomada de decisões, possibilitando ações na prevenção de doenças, diagnóstico, investigação clínica e farmacêutica.
Neste ponto, torna-se evidente a necessidade do controle e da administração dos dados coletados, que podem ser feitos por software de gestão, reunindo todos os dados em um só lugar. Vale ressaltar que, além de proporcionar segurança para as informações, uma plataforma digital, que oferece suporte aos serviços de consultório, também viabiliza agilidade e praticidade no atendimento ao paciente.
Por último, destaco que as empresas de saúde que já fazem uso do big data e do data analytics, apresentam um melhor desempenho. Destaco outras vantagens competitivas, como informação qualificada e de valor agregado, antecipação de necessidades, identificação de desperdícios, controle de sinistralidade e predição de recursos e resultados.
* David Sena é Cirurgião Plástico e Sócio da GestãoDS